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'Cometa do Diabo' ficará visível hoje no Brasil

Os estados localizados mais ao Norte do país serão os primeiros a ver o cometa no céu por volta das 17h40

O cometa não é visível a olho nu e por isso é necessário utilizar aparelhos, como binóculos e telescópios. (Foto: reprodução/Caio Correia/Observatório Nacional)
O cometa não é visível a olho nu e por isso é necessário utilizar aparelhos, como binóculos e telescópios. (Foto: reprodução/Caio Correia/Observatório Nacional)

O cometa 12P/Pons-Brooks, mais conhecido como “Cometa do Diabo”, poderá ser visto no Brasil e no restante do Hemisfério Sul neste domingo (21). O objeto demora cerca de 71,3 anos para completar uma volta em torno do Sol.

Ele fica mais visível hoje porque estará no ponto mais próximo do Sol e os estados localizados mais ao Norte do país serão os primeiros a ver o cometa no céu. Apesar disso, de acordo com o astrônomo do Observatório Nacional, Filipe Monteiro, não será possível ver o Cometa do Diabo a olho nu por causa da intensidade do brilho, o que não pode ser previsto. Desta forma, é preciso usar aparelhos, como binóculos e telescópios.

“Os observadores deverão olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol, para ver o cometa. O cometa está visível logo após o pôr do Sol, primeiramente abaixo da Constelação de Touro, e a partir de maio, abaixo da Constelação de Órion, sempre por volta das 17h40 às 18h30. A maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte oeste livre, visto que o cometa está muito baixo no céu, numa altura de cerca de 15 graus”, explica o astrônomo.

Por que Cometa do Diabo?

O 12P/Pons-Brooks é um cometa tipo Halley, ou seja, de curta duração entre 20 e 200 anos (os de longa duração podem existir por milhares de anos). Foi descoberto a primeira vez, em 1812, pelo francês Jean-Louis Pons. Depois, em 1883, foi redescoberto de forma independente pelo inglês William Robert Brooks.

O nome Cometa do Diabo surgiu somente em 20 de julho de 2023 após registros feitos pelo astrônomo Elek Tamás, do Observatório Harsona na Hungria. O cometa tem aparência assimétrica como se tivesse chifres, o que seria resultante da pressão exercida pela radiação solar, que moldou uma cauda de gás e poeira na trajetória do astro.

*Com informações da Agência Brasil