SAÚDE

Visitas regulares ao dentista ajudam a detectar precocemente o câncer de boca

Doença pode comprometer fala, mastigação e deglutição se não for diagnosticada a tempo, alerta especialista

Pessoas sem fatores de risco devem consultar o dentista pelo menos uma vez ao ano. (Foto: Reprodução/ Freepik)
Pessoas sem fatores de risco devem consultar o dentista pelo menos uma vez ao ano. (Foto: Reprodução/ Freepik)

Você costuma ir ao dentista só quando sente dor? Essa pode ser uma escolha arriscada. Feridas que não cicatrizam, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas e pequenos caroços na boca ou no pescoço podem parecer inofensivos, mas são sinais de alerta para o câncer de boca. E o diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento.

No Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, lembrado nesse sábado (27), a coordenadora do curso de Odontologia da Estácio da Amazônia, professora Jéssica Farias Brasil, reforça que a ida regular ao dentista pode ajudar a identificar a doença ainda nos estágios iniciais.

“O câncer de boca pode começar com algo pequeno, que o paciente nem percebe. Por isso, a consulta odontológica regular é fundamental para identificar lesões iniciais e evitar que o quadro avance”, explicou.

Segundo ela, quando o câncer é descoberto tardiamente, pode afetar funções essenciais, como a fala, a mastigação e a deglutição.

Fatores de risco e sinais de alerta

Entre os principais fatores de risco estão o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a exposição solar sem proteção, infecção por HPV, má higiene bucal, uso de próteses mal adaptadas e alimentação pobre em vitaminas. Homens com mais de 40 anos estão entre os mais afetados.

Além disso, a especialista destaca a importância de ficar atento a qualquer alteração na cavidade bucal. “Manchas avermelhadas ou brancas, sangramentos sem causa aparente, nódulos na língua, céu da boca, bochechas ou pescoço, além de feridas que não cicatrizam em até 15 dias, precisam ser investigadas”, alertou.

Quando procurar o dentista?

Pessoas sem fatores de risco devem consultar o dentista pelo menos uma vez ao ano. Já quem tem hábitos que favorecem o surgimento da doença deve redobrar a atenção. “Esses pacientes precisam ir a cada seis meses ou em intervalos ainda menores, conforme recomendação profissional. Em alguns casos, o ideal é ir uma vez por mês ou a cada três meses para monitorar possíveis lesões”, orientou Jéssica.

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Ela lembra que o papel do dentista vai muito além de tratar cáries. “Durante a consulta, o profissional examina toda a cavidade bucal e pode detectar lesões precocemente. É um cuidado simples que pode salvar vidas”, finalizou.

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