SAÚDE PÚBLICA

Mulher aguarda por cirurgia de redução da mama pelo HGR há seis anos

A Sesau informou que o procedimento está inserido como cirurgia plástica, cujo fluxo de atendimento está passando por ajustes

O Governo disse que está buscando se reenquadrar nos percentuais estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal em relação ao limite de gasto com pessoal (Foto: Arquivo FolhaBV)
O Governo disse que está buscando se reenquadrar nos percentuais estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal em relação ao limite de gasto com pessoal (Foto: Arquivo FolhaBV)

Jessina Dalva Gonçalves, de 44 anos, tem o diagnostico de gigantomastia e há seis anos ela aguarda por uma cirurgia de redução de mama, que seria realizada pelo Hospital Geral de Roraima (HGR). De acordo com ela, está impossível viver com o crescimento exagerado dos seios, que afeta a coluna.

A mulher recebeu diagnóstico da doença em 2007. Desde 2017, conforme conta, marca a realização da cirurgia de redução, mas algo impede, como falta de médico, remédio e até material cirúrgico.

“Em 2017 era para eu ter feito a cirurgia e alegaram que não tinha médico. Em 2019 fui internada para fazer a cirurgia no HGR, mas não fizeram alegando que não tinha remédio e me mandaram embora para casa. Ano passado eu ia fazer, mas alegaram que não tira o material cirúrgico para realizar a cirurgia, que o HGR ia fazer pedido de uma licitação de material para Sesau [Secretaria de Saúde], que duraria uma 190 dias e até agora nada”, conta Jessina à reportagem.

Segundo ela, desde a última tentativa de realizar o procedimento procura a Secretaria para saber quando irá operar os seios, mas nunca tem uma resposta definitiva. “Dizem para eu aguardar. Até quando vou aguardar?”, questiona.

Jessina relata que o crescimento das mamas é frequente e que cada vez mais o peso aumento, o que afeta a coluna. A gigantomastia é uma condição que causa o crescimento mamário de forma exagerada e desproporcional ao corpo, podendo pesar mais de 2,5 kg.

“Estou lutando por muito tempo pra realização dessa cirurgia”, disse Jessina que já passou por vários médicos e a cirurgia nunca foi realizada. (Foto: arquivo pessoal)

O que diz a Sesau

A Secretaria de Saúde foi procurada para informar o que teria causando tanto atraso para realização da cirurgia de Jessina Dalva e se haveria alguma previsão. No entanto, informou que o fluxo de atendimento para cirurgias plásticas está passando por ajustes, que é a classificação em que o procedimento da mulher está inserido. Confira a nota na íntegra:

A Secretaria de Saúde esclarece que o procedimento de gigantomastia está inserido no rol de cirurgias plásticas, cujo fluxo de atendimento está passando por ajustes. É importante esclarecer que as cirurgias plásticas são procedimentos que demandam avaliação de diversos profissionais da saúde, e também das condições clínicas do paciente, que são fatores essenciais para a realização do procedimento.