Saúde e Bem-estar

Médicos anunciam greve com prazo indeterminado na rede estadual

Categoria faz 8 pedidos como progressões, pagamento de revisão geral de 11% e conclusão imediada da reforma na Maternidade. Greve deve iniciar em 3 de março.

O Sindicato dos Médicos do Estado de Roraima (SIMEDRR) anunciou nesta sexta-feira (24) que a categoria vai realizar greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 3 de março. 

A categoria afirma que a paralisação é motivada pelo “descaso com o qual o Governo do Estado vem conduzindo a Saúde Pública, especialmente no que diz respeito à falta de condições mínimas e dignas de trabalho para a classe médica”. Além de “decorrentes descumprimentos dos acordos”.

A reportagem entrou em contato com o governo do estado e aguarda retorno.

Durante o período de greve, será reduzido o efetivo nos Blocos Hospitalares/CME para 30%, na Urgência e Emergência/UTISAMU em 50%, nos Centro Cirúrgicos ocorrerá somente cirurgias de emergências e oncológicas, e na vacinação somente emergências, no caso, a antirrábica.

No comunicado, o Sindicato listou oito revindicações da classe, que incluem, inclusive, a conclusão imediata das obras na Maternidade em Boa Vista, que atualmente funciona na estrutura do antigo Hospital de Campanha, no 13 de Setembro. Veja a lista abaixo:

  • Que sejam aplicadas as progressões horizontais e verticais, nos termos da Lei Estadual n. 1.475/2021 (PCCR-SAÜDE);
  • Que seja paga a revisão geral de 11% do ano de 2022 na tabela financeira do ano de 2023, do escalonamento da Lei Estadual n. 1.475/2021 (PCCR-SAÚDE);
  • Que sejam imediatamente pagos os Adicionais de Qualificação, bem como seja feita a revisão da legislação sobre essa matéria;
  • Que seja realizado imediatamente o cálculo do retroativo em decorrência do enquadramento dos médicos no PCCR-SAÚDE;
  • Que sejam fornecidas aos médicos melhores condições de trabalho, insumos e medicamentos suficientes para melhorar o atendimento à população;
  • Que seja concluída imediatamente as obras de reforma da maternidade Nossa Senhora de Nazaré;
  • Que seja novamente instituída da Mesa de Negociação do SUS; e
  • Que seja prorrogado o contrato dos médicos “seletivados” até a realização do concurso público para contratação de novos médicos.
  • No comunicado, o Sindicato também afirma o estado não cumpriu a promessa de realizar concurso público para aumentar o quadro de profissionais, que está com déficit. O que tem sobrecarregado os profissionais e afetado a qualidade do serviço.

    Mesmo com o anúncio de greve, a categoria diz que está aberta ao diálogo com o governo estadual.