SAÚDE BUCAL

Mandíbula com estalos e dores pode indicar disfunção na ATM: saiba mais

Condição afeta a articulação responsável por movimentos essenciais como mastigar e falar; diagnóstico e tratamento envolvem diferentes áreas da saúde

Moça com dores
Créditos: Istock/Kateryna Onyshchuk

A disfunção temporomandibular (DTM) afeta a articulação temporomandibular (ATM), que conecta a mandíbula ao crânio e permite movimentos como abrir a boca, mastigar e falar. Quando essa articulação apresenta algum tipo de comprometimento, é comum que surjam dores na face, estalos ao movimentar a boca e dificuldade ao mastigar durante as refeições. 

Essa condição é mais comum entre mulheres e pode afetar pessoas de diferentes faixas etárias. A ATM é uma estrutura complexa, formada por ossos, músculos e ligamentos. Alterações em qualquer uma dessas partes podem desencadear o problema, que muitas vezes se manifesta silenciosamente até atingir um grau mais incômodo.

Veja quais são os sintomas e sinais de alerta

Estes sinais podem aparecer de forma leve ou intensa, e, por se confundirem com outras condições, como cefaleias ou problemas otológicos, o diagnóstico correto nem sempre é imediato.

  • Dores na região da face ou da mandíbula;
  • Estalos e ruídos ao abrir ou fechar a boca;
  • Travamento da mandíbula;
  • Cansaço nos músculos da mastigação, especialmente após falar ou mastigar por longos períodos;
  • Dores de cabeça frequentes;
  • Sensação de ouvido tampado ou dor no ouvido, mesmo sem infecção.

Quais são os fatores de risco e as possíveis causas?

Diversas causas estão associadas ao desenvolvimento da DTM, e o estresse é uma das principais. O hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes (bruxismo), comum em situações de tensão, pode sobrecarregar a articulação. Outros fatores incluem:

  • Traumas diretos na mandíbula;
  • Hábitos como mascar chiclete em excesso ou roer unhas;
  • Má postura;
  • Alterações anatômicas ou genéticas.

Entenda mais sobre o diagnóstico da ATM

Em alguns casos, exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia, são utilizados para avaliar a integridade da articulação e dos músculos envolvidos. Profissionais de odontologia com especialização em dor orofacial ou cirurgiões bucomaxilofaciais são capacitados para conduzir o diagnóstico e indicar o tratamento adequado. 

O trabalho conjunto com fisioterapeutas é essencial para a reabilitação funcional da mandíbula, especialmente por meio de exercícios terapêuticos e técnicas de relaxamento muscular.

Tratamento e abordagens terapêuticas

O tratamento depende da origem do problema. Nos quadros agudos, relacionados a traumas, pode ser necessário o uso de anti-inflamatórios ou analgésicos por um período limitado. Já nos quadros crônicos, a estratégia costuma ser mais complexa. 

O uso de placas de mordida ajuda a reduzir o impacto do apertamento noturno. Técnicas de controle do estresse, como psicoterapia ou atividades de relaxamento, também são recomendadas.

Importância do acompanhamento profissional

Embora alguns sintomas possam parecer passageiros, dores persistentes na mandíbula ou estalos frequentes devem ser investigados. A automedicação ou o uso de métodos caseiros sem orientação pode agravar o quadro.

O acompanhamento por profissionais especializados em odontologia garante um diagnóstico preciso e um plano terapêutico seguro. A disfunção temporomandibular, quando tratada corretamente, apresenta boa resposta e pode ser controlada com medidas simples, evitando complicações em longo prazo.

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