O Governo de Roraima começou a remanejar leitos que atualmente são exclusivos para covid-19, para possibilitar outros atendimentos, incluindo o retorno das cirurgias eletivas.
Segundo a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), 10 leitos de UTI Covid já foram reorganizados no HGR (Hospital Geral de Roraima) para atender demandas gerais desde o início da semana.
Outros 24 leitos de UTI Covid serão remanejados para o atendimento geral, porque segundo a Sesau, não houve necessidade registrada nas últimas semanas.
SAÚDE
Mãe de bebê com doença rara reclama que Cernutri não tem fornecido leite especial
Devido a situação, a mãe disse que foi informada pelo Cernutri que o laudo médico da criança não seria renovado, pois não haveria previsão para a volta do fornecimento
SAÚDE PÚBLICA
Lavanderia investigada pela PF suspende serviços no HGR
Empresa avisou que devolveria todas as roupas hospitalares à unidade, lavadas e sujas, de forma separada. Direção do hospital alertou sobre risco de contaminação
A reorganização do atendimento do HGR inclui ainda a transferência de pacientes estáveis para o HERC (Hospital Estadual de Retaguarda Covid-19), onde, segundo o Governo do Estado, há 120 leitos clínicos e apenas 34 ocupados atualmente.
O diretor do HGR, Anderson Benetta, disse que as transferências já iniciaram e a expectativa é que até sábado não haja mais pacientes de covid no Bloco B. “É preciso deixar claro que no HERC todos os pacientes contarão com a mesma assistência, incluindo o acompanhamento com médicos especialistas, fisioterapeuta, enfermeiro, entre outros profissionais importantes para o processo de recuperação do paciente”, complementou o diretor.
O Governo do Estado disse que a medida faz parte de uma força-tarefa para acelerar de forma segura e organizada o atendimento de demandas gerais, incluindo a retomada definitiva das cirurgias eletivas em Roraima.
Em entrevista coletiva, o secretário-adjunto de Saúde, Alexandre Salomão, disse que além da reorganização do fluxo de atendimento no HGR, a Sesau está fazendo levantamento das patologias não covid-19, identificação do número real de pacientes que aguardam por algum tipo de procedimento e reestruturação do Hospital para a prestação dos serviços. “O foco é zerar a demanda reprimida em todas as áreas, iniciando pela cirurgia geral”.
Diminuição
O Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz, realizado no mês de julho, mostra que vários Estados brasileiros, incluindo Roraima tem apresentado nos últimos meses queda na taxa de utilização de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), depois que a população começou a ser vacinada contra a doença.
Para Roraima, o estudo apontou uma redução de 20% na taxa de ocupação, ou seja, o estado saiu de 94% de ocupação dos leitos de UTI para 74%.
