Saúde e Bem-estar

Exames regulares garantem diagnóstico precoce do câncer de mama

Em Roraima, o câncer de mama está entre os líderes de registro de casos nos últimos dois anos

“Minha relação com a mamografia é de muita disciplina, respeito e amor, realizo o exame anualmente e meu recado é que todas as mulheres procurem seu médico, façam mamografia e se cuidem”. Esta é a opinião da dona de casa Célia Cristiane, de 46 anos, que sempre foi muito preocupada com a saúde, principalmente com as mamas.

Aos 24 anos, ela realizou a primeira ultrassonografia, quando identificou o desconforto, durante o autoexame feito em casa, desde então, mantém a consulta regular ao mastologista.

“O primeiro exame que fiz foi o ultrassom da mama, em junho de 1998, depois que realizei o autoexame em casa e detectei alguma coisa estranha. Decidi então procurar um especialista, acredito que por minha idade ser pouca, ele não passou a mamografia e fizemos o acompanhamento até o dia de fazer a primeira mamografia, em abril de 2010. No resultado não deu nada muito grave, mas devido à idade tive que fazer a retirada daquilo que foi encontrado na minha mama. A cirurgia foi um sucesso e, desde então, faço a mamografia anualmente”, disse.

O exame de mamografia é a principal tecnologia aliada das mulheres para o diagnóstico do câncer de mama e, segundo os especialistas, deve ser realizado no momento certo para garantir a detecção precoce. Nessa sexta-feira, 5, quando se celebra o Dia Nacional da Mamografia e do Mastologista, o recado da médica Maria Cátia Rodrigues é sobre a importância do rastreamento.  

“Esse exame é de grande importância devido à capacidade de diagnosticar precocemente o câncer de mama, que é uma doença muito frequente e de mortalidade muita alta. As chances de cura quando a doença é detectada precocemente chegam a 98%, porém é proporcional à época em que é realizado o diagnóstico. Com o autoexame, a mulher é capaz de conhecer o próprio corpo e identificar possíveis anormalidades, porém a mamografia é capaz de detectar lesões anos antes dessas lesões se tornarem palpáveis. Então a gente percebe a grande importância que esse exame tem”, enfatizou a médica.

 

Aos 24 anos, ela realizou a primeira ultrassonografia, quando identificou o desconforto, durante o autoexame feito em casa, desde então, mantém a consulta regular ao mastologista (Foto: Divulgação)

RASTREAMENTO – A mamografia dura em torno de 15 a 25 minutos e, conforme a Sociedade Brasileira de Mastologia, não é indicada para pacientes com idade inferior a 40 anos e para mulheres grávidas, pois a radiação pode interferir na formação do bebê.

Em Roraima, o câncer de mama está entre os líderes de registro nos últimos dois anos. Quando o assunto é prevenção, mais de 6.400 mulheres tiveram acesso ao exame de mamografia, no mesmo período.

Após a mulher identificar alguma alteração por meio do autoexame, ela deve procurar uma Unidade Básica de Saúde. Se for constatada alguma lesão, ela será encaminhada para o CPCOM (Centro de Prevenção de Câncer), onde será realizado um atendimento especializado. Nos casos em que for identificada uma lesão de alto risco potencialmente maligna na paciente, ela é direcionada ao CRSM (Centro de Referência de Saúde da Mulher).

 “Estamos sempre enfatizando essa situação devido ao alto número do câncer de mama. Muitas mulheres ficam adiando o exame, não procuram realizá-lo para prevenir e combater de imediato. Elas buscam atendimento com o nódulo já grande e as chances de cura diminuem drasticamente. Apesar do incômodo para algumas pacientes, esse desconforto é aliviado pelo benefício à saúde da mulher”, finalizou a mastologista.