DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO AO DIABETES

Especialista alerta para sinais do diabetes

No Dia Nacional da Prevenção ao Diabetes, o enfermeiro Rodrigo Danin explica como indentificar os primeiros sinais da doença

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) informou que cerca de 90% dos pacientes apresentam o tipo 2 (DM2) da doença (Foto:Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) informou que cerca de 90% dos pacientes apresentam o tipo 2 (DM2) da doença (Foto:Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

No Dia Nacional da Prevenção ao Diabetes, celebrado nesta quinta-feira (26), profissionais da saúde reforçam a importância do diagnóstico precoce da doença, que muitas vezes é silenciosa e evolui sem apresentar sintomas evidentes.

De acordo com o professor Rodrigo Danin, coordenador do curso de Enfermagem do Centro Universitário Estácio da Amazônia, muitos pacientes só descobrem o diabetes quando sofrem complicações muito severas.

“A pessoa pode estar com diabetes e não saber, justamente porque os sintomas iniciais são confundidos com situações do dia a dia, como cansaço pelo excesso de trabalho ou sede por conta do calor”, explicou.

Entre os principais sintomas que merecem sua atenção estão: sede excessiva, vontade frequente de urinar, cansaço persistente, perda de peso sem motivo aparente e visão turva. “Qualquer um desses sintomas deve ser investigado imediatamente em uma unidade de saúde”, orienta o professor.

Professor Rodrigo Danin. (Foto: Divulgação)

O diagnóstico é simples e pode ser feito por meio de um exame de glicemia. Segundo Danin, o enfermeiro é um profissional acessível e capacitado para iniciar esse processo com o paciente, prestando as orientações iniciais e realizando os encaminhamentos necessários.

Se não for tratada adequadamente, a doença pode causar problemas renais, lesões nos nervos, perda da visão, doenças cardiovasculares e até levar a amputações.

O tratamento varia conforme o nível de glicemia e deve ser sempre feito com orientação médica. O uso de medicamentos e insulina pode ser necessário, mas o professor reforça que o primeiro passo é o conhecimento. “A grande mensagem é: conheça os sinais, não os ignore e busque ajuda. Prevenção e informação ainda são os melhores remédios contra o diabetes”, conclui.

Novos dados reforçam a urgência de políticas públicas mais efetivas. Estimativas com base no Censo 2022 do IBGE indicam que o Brasil pode ter cerca de 20 milhões de pessoas com diabetes — o que representa cerca de 10% da população.

A estimativa considera os números do Vigitel, levantamento do Ministério da Saúde que aponta 10,2% de prevalência de diabetes nas 27 capitais brasileiras. A Federação Internacional de Diabetes (IDF) também calcula uma taxa semelhante: 10,5% da população.

A maior parte dos casos é de diabetes tipo 2, associado à obesidade, má alimentação e sedentarismo. Essa variação é mais comum em adultos, mas também tem sido diagnosticada em jovens e crianças. O controle pode envolver desde a adoção de hábitos saudáveis até o uso de medicamentos e, em alguns casos, insulina.

Já o diabetes tipo 1, que atinge cerca de 600 mil brasileiros, é uma doença autoimune com origem genética. A condição costuma surgir na infância ou adolescência e sempre exige o uso de insulina, além de alimentação adequada e prática de atividades físicas.

De acordo com a IDF, o Brasil é o 6º país com mais pessoas com diabetes no mundo, e o 3º em número de casos do tipo 1.

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