Saúde e Bem-estar

Doenças Inflamatórias Intestinais podem gerar câncer no intestino

As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são sintomas que afetam o intestino e se manifestam, predominantemente, no intestino grosso (cólon). Conforme o Ministério da Saúde (MS), existem dois tipos de inflamação intestinal crônica: a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

As doenças são crônicas e não tem cura. O tratamento é realizado a partir de medicamentos que auxiliam na redução dos sintomas e do controle da inflamação. A coloproctologista Karina Kendra explicou que as doenças, se não tratadas, podem causar câncer no intestino.

“O tratamento será para o resto da vida. A intenção é evitar que o paciente volte a ter sintomas da doença e diminuir o risco de possíveis complicações ou inclusive de aparecer um câncer no intestino. Porque os pacientes que tem doenças inflamatórias intestinais, eles têm um risco maior de desenvolver esse câncer”, disse a médica.

Os sintomas das duas doenças são parecidos e podem ser confundidas até no diagnóstico. Elas causam diarreia, às vezes com sangue ou muco; desconforto abdominal, perda do apetite, emagrecimento, anemia e febre.

“São sintomas comuns, o que vai ajudar a definir uma ou outra é conforme a gente vai pegando a história do paciente, principalmente, com os exames complementares como colonoscopia, tomografia ou ressonância específica do intestino”, disse Kendra.


A médica Karina Kendra explica que asdoenças
são crônicas e não tem cura. (Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)

Ainda, segundo a médica, a doença de Crohn atua de forma mais ampla e causa inflamação da boca até o ânus. Já a retocolite ulcerativa, afeta o reto e parte do intestino grosso. 

A coloproctologista indica a procura de um profissional para melhor e mais rápido diagnóstico. Porque com um tratamento adequado e precoce permite ao paciente o retorno da rotina diária com os sintomas reduzidos.

MAIO ROXO – Maio é o mês dedicado a conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais, que se não tratadas podem gerar câncer.

De acordo com o MS, cerca de 10 milhões de pessoas no mundo vivem com DII. As doenças são crescentes e afetam, principalmente, jovens e adultos entre 20 e 40 anos, que Kendra afirma ser pela qualidade de vida.