ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Dieta mediterrânea pode reduzir risco de morte em até 36%, aponta estudo

A dieta também orienta o consumo moderado de laticínios e até mesmo vinho tinto

Ela inclui: frutas, legumes e verduras variados; grãos integrais, como aveia, arroz integral e quinoa; leguminosas, como feijão (Foto Divulgação)
Ela inclui: frutas, legumes e verduras variados; grãos integrais, como aveia, arroz integral e quinoa; leguminosas, como feijão (Foto Divulgação)

Adotar hábitos alimentares saudáveis pode fazer mais do que prevenir doenças, pode também prolongar a vida. Um estudo publicado na revista científica The Journal of Nutrition revelou que a dieta mediterrânea pode reduzir em até 36% o risco de mortalidade entre mulheres na faixa dos 50 anos.

A pesquisa acompanhou cerca de 9.600 mulheres australianas, com idade média de 52 anos, por um período de 17 anos. Os dados foram extraídos do Estudo Longitudinal Australiano sobre Saúde da Mulher (ALSWH) e analisaram a relação entre padrões alimentares e o risco de morte. As participantes que apresentaram maior adesão à dieta mediterrânea tiveram uma taxa de mortalidade significativamente menor em comparação com aquelas com alimentação menos equilibrada.

Além disso, o estudo também avaliou outro padrão alimentar baseado nas diretrizes nutricionais da Austrália. Mulheres que seguiram esse modelo apresentaram risco 40% menor de morte. Já na dieta mediterrânea, o risco foi 36% menor entre as mais aderentes.

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Reconhecida mundialmente por seus efeitos positivos sobre a saúde, a dieta mediterrânea é baseada em alimentos frescos e naturais, típicos dos países banhados pelo Mar Mediterrâneo.

Ela inclui: frutas, legumes e verduras variados; grãos integrais, como aveia, arroz integral e quinoa; leguminosas, como feijão, lentilha e grão-de-bico; oleaginosas e sementes, como nozes, castanhas e chia; azeite de oliva como principal fonte de gordura e peixes e frutos do mar com regularidade.

A dieta também orienta o consumo moderado de laticínios e vinho tinto (quando permitido) e baixo consumo de carnes vermelhas, açúcar e alimentos ultraprocessados. Esse padrão alimentar se destaca pela alta ingestão de fibras, antioxidantes e gorduras boas, como os ácidos graxos ômega-3.

Embora o estudo não tenha encontrado associação direta entre a dieta mediterrânea e redução de risco para doenças cardíacas ou demência, os autores apontam que esses efeitos podem aparecer em períodos mais longos, já que essas condições tendem a surgir em idades mais avançadas. Outras pesquisas anteriores, no entanto, já haviam relacionado essa dieta à saúde cerebral e cardiovascular.

Entre as limitações do estudo estão o fato de as informações sobre dieta terem sido autodeclaradas, o que pode gerar subnotificações, e a ausência de homens na amostra, o que limita a generalização dos resultados para o público masculino.

Ainda assim, os dados reforçam o que diversos estudos vêm mostrando ao longo dos anos: seguir a dieta mediterrânea é uma escolha segura para quem deseja viver mais e com mais saúde. Incorporar mais vegetais, azeite de oliva e peixes nas refeições, e reduzir o consumo de alimentos industrializados, pode fazer diferença real na saúde e na longevidade.

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