O Dia do Psicólogo, celebrado nesta quarta-feira (27), marca não apenas a regulamentação da profissão no Brasil há exatamente 63 anos, mas também reforça a discussão sobre a importância da atuação desses profissionais para a saúde pública e a necessidade de maior valorização no mercado de trabalho.
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O presidente do Sindicato dos Psicólogos de Roraima (Sindpsi), Sebastião Diniz, explica que a categoria luta pela valorização nos âmbitos estadual e municipal, diante de salários defasados e da ausência de concursos públicos específicos.
Diniz lembra que Boa Vista, com base em recomendação do Conselho Federal de Psicologia, precisaria 120 psicólogos na atenção básica, mas possui apenas 13 atualmente.
“Hoje o que nos deixa mais sem ânimo e vontade de exercer essa profissão, que é tão preciosa no sentido de resgatar pessoas do fundo do poço, é a valorização para os profissionais da psicologia”, relata Diniz.
Para a psicóloga Camila Barbosa, o papel do psicologo, atualmente, vai além de tratar sintomas, age na promoção de qualidade de vida, autoconhecimento e estratégias para que cada pessoa consiga enfrentar seus desafios de maneira mais saúdavel e consciente.
“A psicologia se faz presente em todos os ambientes! E que essa data sirva para as pessoas entenderem a importância do nosso trabalho e da nossa luta, que nos levem mais a sério e entendam que o cuidado precisa ser feito com qualidade e qualificação, cuidar da saúde mental não é fraqueza é força!”, explica a psicóloga.
Para João Amorim, estudante de psicologia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), ser psicólogo é traçar essas estratégias junto às pessoas que buscam atendimento para promover ou manter a saúde mental em um cenário onde o adoecimento psíquico é generalizado em diferentes contextos.
“Eu enxergo o futuro da profissão repleto de desafios e também potencialidades: nosso fazer profissional vai ser pautado em como promover saúde num contexto mundial marcado por tensões políticas, avanços tecnológicos que nos colocam em dilemas éticos (como o uso das inteligências artificiais) e a crescente das opressões sistemáticas (como racismo, LGBTQfobia, machismo, entre outras)”, reforça o estudante.