Saúde e Bem-estar

Dia do obstetra reforça a importância do pré-natal durante a gestação

"Eu faria obstetrícia dez mil vezes novamente. Quando o neném nasce ele chega, respira e a mãe abraça não tem milagre maior de vida, e muita engenharia perfeita nisso”, diz a médica Cynthia Lins

A importância do acompanhamento de um obstetra antes, durante e após a gravidez é fundamental para que se tenha controle de como estão a saúde do bebê e da gestante. Além disso, é o obstetra que realiza o parto, momento importante que precisa de extremo cuidado.

Cynthia Lins, que é médica obstetrícia do Centro de Referência a Mulher atua na área há dezenove anos na especialidade, falou sobre os cuidados que se deve ter durante a gravidez.

“O conceito populacional de pré-natal é que ele deve começar quando a gestante engravida e na verdade é ao contrário. Eu tenho que fazer uma consulta pré-concepção com o médico que pode ser o generalista da unidade básica de saúde ou o ginecologista e ele vai solicitar exames para saber se a pessoa já teve toxoplasmose e tomar ácido fólico.” contou a médica.


Cynthia Lins atua na área há dezenove anos na especialidade (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Os desafios dessa profissão essencial vão além do processo de acompanhamento, e também está relacionado a segurança e tipo de parto que se escolhe ter.

A médica lembrou de um parto marcante, que foi o de uma indígena Yanomami. “Foi o primeiro parto que eu me sentei no chão para poder participar do parto vaginal dela e como não sabia falar a língua dela, nos entendemos com gestos a gente foi chegando a uma conclusão, e foi super confortável para ambas, coloquei um lençol no chão e fizemos a assistência ao bebe tentando diminuir os riscos da mãe”, relatou.

“E muito massa ser obstetra, eu faria obstetrícia dez mil vezes novamente. Quando o neném nasce ele chega, respira e a mãe abraça não tem milagre maior de vida, e muita engenharia perfeita nisso”, detalhou.

Mari Carmen, residente do primeiro ano de ginecologia obstetrícia contou o motivo pelo qual escolheu a profissão.

“Sempre achei que uma das especialidades mais importantes dentro da medicina e a obstetrícia porque a gente lida com a forma de nascer. Tem um obstetra muito conhecido no nosso meio que fala, que se a gente quer mudar o futuro precisamos primeiro mudar a forma como as pessoas nascem”, contou.

Dados obtidos do Ministério da Saúde apontam que entre 1990 a 2015 houve uma queda de 56% da mortalidade materna, indo de 143 para 62 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos. Esse avanço positivo está ligado ao acesso e atenção da área da obstetrícia.


Mari Carmen, residente do primeiro ano de ginecologia obstetrícia contou o motivo pelo qual escolheu a profissão (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)