Os comuns energéticos compostos por ingredientes como a cafeína, taurina ou açúcar, são comercializados com a promessa de diminuir a sonolência e aumentar os níveis de energia e desempenho físico. Sobretudo, uma prática que tem se tornado comum entre o público jovem, é a utilização dessas bebidas energéticas associadas ao álcool.
Os perigos relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas com bebidas energéticas estão relacionados diretamente ao funcionamento do coração, e o cardiologista Bruno Wanderley destaca que algumas pessoas possuem uma predisposição para problemas cardiovasculares que podem ser agravados pela combinação da bebida.
“O consumo exagerado de álcool já é um fator de risco para você desenvolver uma arritmia. Existe uma arritmia chamada de ‘Holiday Heart’ que chamamos de ‘Coração de fim de semana’ que podem ser potencializados pelos energéticos. É importante esclarecer que isso acontece em quem tem um problema prévio, portanto o ideal é passar com um cardiologista para saber se você é propício ou não”, relatou.
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Além disso, outros fatores de risco da combinação estão associados à direção perigosa, envolvimento em situações de violência, bem como maior risco do desenvolvimento de dependência em comparação ao uso somente de álcool.
Um estudo realizado na cidade de São Paulo, pela Universidade Federal de São Paulo, mostrou que a maioria dos entrevistados relatou fazer uso de bebidas energéticas em casas noturnas (71%) e festas (50%), mas também foi relatado uso durante a realização de atividades físicas em academias (20%), durante o trabalho (4%) e antes de dirigir veículos (3%).
Quanto às razões de uso, cerca de 30% da amostra comentou usar uísque com bebida energética para se manterem estimulados a noite toda. Reduzindo assim, com a combinação, alguns dos efeitos depressores do álcool. Alguns entrevistados relataram usar a bebida energética para diluir e melhorar o sabor das bebidas alcoólicas, considerado pouco agradável.
A maioria dos entrevistados (76%) relatou fazer uso de energéticos de forma combinada com bebidas alcoólicas, sendo que, neste caso, 91% utilizavam bebidas destiladas. Preferencialmente, as bebidas energéticas eram ingeridas em combinação com uísque (90%), vodka (37%) e cerveja (13%).
