Por muito tempo, o câncer colorretal foi considerado uma doença que afetava principalmente adultos com mais de 50 anos. No entanto, estudos recentes conduzidos pelas universidades Dana-Farber e Oxford acendem um alerta importante: o número de casos entre jovens adultos está crescendo rapidamente.
De acordo com a pesquisa, publicada pelo The Scottish Sun, o aumento entre pessoas de 20 a 24 anos chegou a 185% nos Estados Unidos nas últimas duas décadas. Os pesquisadores apontam que esse crescimento não está relacionado apenas à genética, mas também a fatores ambientais e hábitos de vida, como alimentação ultraprocessada, sedentarismo e obesidade.
Embora os sintomas do câncer de cólon e reto possam parecer comuns ou vagos, identificá-los precocemente pode salvar vidas. Para facilitar o reconhecimento dos sinais de alerta, os especialistas reforçam os principais sintomas que merecem atenção: presença de sangue nas fezes ou sangramento anal sem causa aparente; mudança nos hábitos intestinais como diarreia ou prisão de ventre que persiste por mais de duas semanas; emagrecimento rápido e não intencional; fadiga constante sem explicação, mesmo após repouso e sensação de massa ou dor na região abdominal ou retal.
Esses sintomas nem sempre indicam câncer, mas sua persistência, especialmente quando ocorrem em conjunto, exige avaliação médica. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura e permite tratamentos menos invasivos.
Jovens também devem estar atentos
Segundo os pesquisadores, muitos casos em pessoas jovens são diagnosticados tardiamente, pois os sintomas são confundidos com problemas gastrointestinais comuns, como síndrome do intestino irritável ou hemorroidas. Além disso, muitos jovens não se consideram em risco, o que leva à demora em procurar ajuda médica.
Especialistas recomendam não ignorar sintomas intestinais que persistem por mais de 15 dias. Mesmo sem histórico familiar de câncer, é importante realizar exames básicos, como sangue oculto nas fezes, e, se necessário, uma colonoscopia.
Nos EUA, inclusive, a recomendação oficial de rastreamento foi reduzida de 50 para 45 anos e especialistas já defendem a ampliação para idades mais jovens, especialmente em casos com sintomas persistentes.