Política

Telmário afirma que visita trará bons frutos para os dois países

Comissão de senadores brasileiros esteve no país vizinho na semana passada para conversar com políticos locais

Em entrevista concedida ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha AM 1020, apresentado pelo radialista Natanael Vieira, na manhã deste domingo, 28, o senador Telmário Mota (PDT) falou sobre a sua ida à cidade de Caracas, na Venezuela, e considerou que as relações diplomáticas com o país vizinho é uma das prioridades da política exterior do Brasil, tornando a visita um ato de “extrema importância” para as nações e “uma maneira de corroborar decisivamente para o desenvolvimento de Roraima”.

Acompanhado dos senadores brasileiros Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Roberto Requião (PMDB-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Telmário Mota passou apenas um dia em território venezuelano. Levados por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), os senadores foram recebidos pelo embaixador do Brasil na Venezuela, Rui Pereira.

Dentre os compromissos cumpridos pelo grupo, o senador destacou a reunião na qual a comitiva brasileira foi recebida por membros do Ministério Público da Venezuela e pelo presidente da Assembleia Legislativa venezuelana, Diosdado Cabello, com a ministra das Relações Exteriores, Delcy Rodrigues, e com o presidente do Parlasul, deputado Saul Ortega.

“Na ocasião, entregamos um ofício para estes representantes e solicitamos que a Venezuela continue olhando para o Brasil e para o povo brasileiro como nós daqui olhamos para eles: com respeito. Nós pedimos que as relações fronteiriças com o Estado de Roraima sejam revistas e fortificadas, porque ambos podem crescer muito com essa parceria em todos os campos, mas, principalmente, na exportação de produtos e o desenvolvimento de grandes áreas, como a agricultura, por exemplo”, afirmou.   

Telmário considerou a visita como um “apoio” para a situação de crise na qual a Venezuela vive atualmente. “A Venezuela sempre foi parceira do Brasil e uma política externa não se faz só por meio de uma relação comercial. Precisamos estreitar as relações políticas também. Por isso, nós fomos à Caracas, completamente desarmados e ouvimos todos os envolvidos na crise política que se instalou naquele país”, afirmou.

Ele ressaltou que a comissão procurou, durante a visita, ouvir todos os envolvidos na guerra civil venezuelana. “Nós tivemos reuniões com o Comitê de Familiares de Vítimas das Guarimbas, que são manifestações violentas na Venezuela. Encontramos as esposas dos presos políticos Leopoldo Lopez, Daniel Omar Morales e Antonio Ledezma, que nos relataram a situação de seus maridos, presos políticos”, lembrou o senador.

Telmário afirmou ainda que o grupo também se encontrou com políticos da oposição, inclusive com membros da Mesa da Unidade Democrática (MUD), coalizão de partidos políticos venezuelanos de oposição. “Ocorreu na Venezuela o mesmo que aconteceu no Brasil no ano passado, quando a presidente ganhou as eleições com uma margem muito pequena. Isso significa que metade da população está a favor, mas também mostra que a outra metade está contra e estes se rebelaram contra o governo, o que é natural”, afirmou, ressaltando que durante a reunião foram abordados temas como os ativistas condenados penalmente, privação de liberdade, ameaça à oposição, entre outros.

Com o retorno da comitiva ao Brasil, um relatório será elaborado e apresentado no Congresso amanhã. Além disso, uma nova comissão será montada para acompanhar as eleições venezuelanas que deverão ocorrer em dezembro deste ano. “O Brasil precisa se posicionar como uma grande nação, então a presença de uma comissão brasileira, junto com a ONU [Organização das nações unidas], vai evitar exageros, permitir que haja lisura no processo para que possa ajudar a democracia venezuelana a se restabelecer e que aquela grande potência, possa voltar a crescer”, concluiu Telmário. (J.L)

Para senador, troca de presidente da Funai é positiva para Roraima

O senador Telmário Mota (PDT) afirmou que reuniu as principais lideranças relacionadas ao entrave que está barrando a retomada da obra do Linhão de Tucuruí, que deve interligar Roraima ao Sistema Nacional Interligado (SNI).

Em entrevista ao programa Agenda da Semana, o senador afirmou que se reuniu com o novo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Pedro Gonçalves da Costa, e com o secretário estadual de Planejamento, Alexandre Henklain, para que fosse exposto ao presidente da Funai o “estrangulamento” que Roraima vem sofrendo devido ao impasse causado. “Os dois trocaram informações e o Henklain mostrou que Roraima precisa da energia do Linhão. O presidente da Funai viu como o nosso Estado tem sofrido absurdamente pagando muito caro por uma energia de má qualidade e como isso tem influenciado no nosso desenvolvimento”, frisou Temário Mota.

De acordo com o senador, a conclusão da obra seria a solução mais rápida e de qualidade para o problema energético de Roraima. “O que está acontecendo hoje é a interferência de ONGs que estão colocando dificuldades. Os próprios Waimiri-Atroari estão de acordo, porque eles querem ter energia elétrica para produzir e conseguir seu próprio sustento. O que acontece é que essas ONGs querem plantar dificuldades para o resto e colher facilidades para elas”, afirmou.

Conforme o parlamentar, caso o entrave do Linhão de Tucuruí não seja resolvido até o final deste ano, ele irá solicitar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a obra. “O Estado de Roraima não suporta mais. Essas termoelétricas poluem, elas são mais caras e não garantem nada. Se nada for feito, eu vou criar um movimento para a instalação desta CPI que deverá identificar todos os contratos e mostrar todos os errados que querem impedir o desenvolvimento do meu Estado”, concluiu. (J.L)

Criação de laboratório de equinos é a solução, diz Telmário Mota

O senador Telmário Mota (PDT) afirmou que solicitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a criação de um laboratório no estado de Roraima para realizar exames em cavalos que participam das tradicionais corridas no Estado. Conforme o senador, a medida é importante porque os exames são pré-requisitos para a realização das corridas. “Tem havido uma alta na incidência do mormo e a anemia infecciosa em equinos, por isso o animal só pode correr se realizar os exames, mas estes exames são realizados somente fora do Estado e demora até 15 dias para chegarem, o que é um agravo, já que o resultado só tem validade por 60 dias”, explicou.

Telmário afirmou que “a burocracia está acabando com as corridas no Estado”. “Essas corridas são os pontos altos das festividades do homem do campo local, as corridas de cavalos são a representação do desenvolvimento destas pessoas que trabalham para alavancar nosso estado, não podemos permitir isso”, reforçou. (J.L)