Política

Reeleito presidente da Câmara, Lira defende democracia em discurso

Apoiado pelo Governo Lula, o deputado recebeu 464 votos e obteve a maior votação absoluta de um candidato à presidência em 50 anos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), confirmou o favoritismo e foi reeleito nesta quarta-feira (1º), em Brasília, para comandar a Casa para o biênio 2023-2024.

Apoiado pelo Governo Lula, o deputado recebeu 464 votos e obteve a maior votação absoluta de um candidato à presidência em 50 anos. Ele recebeu o apoio de um único bloco parlamentar com 20 partidos, incluindo duas federações. Chico Alencar (Psol-RJ) recebeu 21 votos, enquanto Marcel van Hattem, 19. Cinco parlamentares votaram em branco.

Após ser reconduzido ao cargo, Lira proclamou a eleição dos outros membros da mesa diretora: o primeiro vice-presidente Marcos Pereira, o segundo vice-presidente Sóstenes Cavalcante, o primeiro-secretário Luciano Bivar, o segundo-secretário Maria do Rosário, o terceiro-secretário Júlio César e o quarto-secretário Lucio Mosquini.

Arhur Lira usou o discurso para agradecer os apoios e os concorrentes e lembrar da condução de discussões e análises céleres de matérias em sua gestão. “Sinto-me honrado pela confiança nesses 464 votos, um resultado que me impulsiona a seguir focado na condução dos projetos de nosso País”, declarou.

Arthur Lira também defendeu a democracia, destacou a repulsa da Câmara, do povo brasileiro e da lei ao vandalismo de bolsonaristas radicais em 8 de janeiro, em Brasília. “O dia de hoje é prova do funcionamento pleno da nossa democracia”, discursou.

Ele também criticou, de forma velada, as tentativas de criminalizar a política na época da Operação Lava-Jato, afirmou que é o momento para “desinflamar o Brasil” e defendeu o exercício firme das atribuições dos três Poderes.

Lira também citou as Forças Armadas, a importância de proteger os povos originários brasileiros e o desenvolvimento do agronegócio, e garantiu que a Casa irá debater todo e qualquer assunto de interesse da nação.

*Por Lucas Luckezie