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PEC que amplia poder do governo federal sobre Segurança Pública avança na Câmara

Projeto do Governo Lula segue para comissão especial. Dois deputados de RR na CCJ votaram favoráveis, enquanto um foi contrário à PEC

Reunião da Câmara dos Deputados nesta terça-feira - 15.07.2025 (Foto: Antonio Araújo/Câmara dos Deputados)
Reunião da Câmara dos Deputados nesta terça-feira - 15.07.2025 (Foto: Antonio Araújo/Câmara dos Deputados)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (15), por 43 votos a 23, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2025 que amplia o poder da União sobre a segurança pública no Brasil. O projeto do Governo Lula segue para comissão especial.

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Três deputados de Roraima que integram o colegiado participaram da votação. Defensor Stélio Dener (Republicanos) e Zé Haroldo Cathedral (PSD) votaram favoráveis, enquanto Nicoletti (União Brasil) votou contrário à PEC.

Apesar do aval da CCJ, o relatório do deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) sugeriu duas alterações no texto original:

  • A retirada do trecho que previa competência exclusiva da União sobre normas gerais de segurança pública; e
  • A supressão do termo “exclusiva” quanto à investigação criminal pelas polícias judiciárias, garantindo o papel do Ministério Público e do Legislativo.

Para o relator, a proposta é essencial para enfrentar o avanço do crime organizado no País. Segundo o parlamentar, o Brasil registrou 45.747 homicídios em 2023, número comparável a zonas de guerra.

“É inadmissível que o Brasil siga rivalizando com países em guerra no número de assassinatos”, alertou.

Principais mudanças previstas na PEC

Das principais mudanças da PEC do governo federal, está o trecho que dá à União a prerrogativa de elaborar a política nacional de segurança pública e coordenar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), além de assumir papel mais ativo na gestão do sistema penitenciário.

A PEC também reforça a atuação da Polícia Federal (PF), incluindo entre suas atribuições o combate às organizações criminosas, milícias e crimes ambientais. O projeto cria ainda a Polícia Viária Federal, com servidores oriundos de transformação dos cargos da carreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Ademais, a proposta prevê a inclusão das guardas municipais no rol das forças de segurança pública, autorizando seu envolvimento em ações de policiamento ostensivo e comunitário, respeitando as atribuições das polícias civis e militares.

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