Política

Levantamento mostra dívida de RR com o Tesouro Nacional

"Estados e municípios vivem uma terrível ruptura social e mudar as regras fortalece a tradicional irresponsabilidade fiscal e administrativa", diz economista

O endividamento de Roraima com a União soma hoje R$ 113.006.863,09, de acordo com levantamento exclusivo feito pela Agência Brasil com base em dados disponibilizados pelo Banco Central.

A pesquisa revelou as dividas da Administração Direta que são de R$ 112.818.313,92; e da Administração Indireta, de 188.549,17.

Na última quarta-feira (28), o presidente da República, sancionou o Projeto de Lei para a renegociação das dívidas dos estados com a União, mas vetou artigos, em consequência das mudanças no projeto original, em que os deputados retiraram a parte que trataria de um Regime de Recuperação Fiscal para os estados em pior situação.

Dentre os vetos estava a exclusão da contrapartida dos estados, que inicialmente foi proposta como uma condição para a renegociação.

No entanto, foi mantida a renegociação das dívidas por até vinte anos e a suspensão dos pagamentos de financiamentos administrados pelo Tesouro Nacional por até 36 meses.

Assim, para os estados aderirem ao plano, terão que apresentar um pacote de medidas austeras ao Planalto e ao Ministério da Fazenda com o objetivo de reequilibrar suas contas.

Consequências – Para o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Carlos de Oliveira, é preciso estar atento para três dimensões de efeitos que a nova lei pode causar.

A primeira seria positiva, pois a renegociação das dívidas resolveria o caos instalado em todo o setor público.

“Estados e municípios vivem uma ruptura social terrível. Essa lei dá ao país uma solução para um problema conjuntural fruto da irresponsabilidade dos governadores de estados e municípios”.

Por outro lado, o economista chama atenção para dois outros pontos importantes. Para ele, mudar as regras constantemente fortalece uma tradição de irresponsabilidade fiscal e administrativa.

“É um desaguar de problemas de estados e municípios na União, talvez estimulados pelo governo federal para que com isso ganhe poder político”.

Com informações da EBC

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.