Política

Julgamento de feminicídios, ações ambientais e processos indígenas estão entre as metas do Judiciário para 2026

Audiência pública do TJRR discutIu as Metas Nacionais do Judiciário para 2026 nesta sexta-feira (4)

Julgamento de feminicídios, ações ambientais e processos indígenas estão entre as metas do Judiciário para 2026

O Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) realizou nesta sexta-feira (4) uma audiência pública para discutir as Metas Nacionais do Poder Judiciário para o ano de 2026. O encontro aconteceu de forma presencial na Sala de Sessões do Tribunal Pleno, com transmissão ao vivo pelo YouTube, e contou com a participação de magistrados, servidores, representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, da advocacia, de procuradorias, universidades e entidades da sociedade civil.

O objetivo foi ouvir sugestões da população e de instituições do sistema de Justiça para a construção coletiva das metas que nortearão a atuação dos tribunais em todo o país, com foco em temas como feminicídio, violência doméstica, meio ambiente, direitos de indígenas e quilombolas, infância e juventude, conciliação e inovação.

Durante a abertura, o vice-presidente do TJRR, desembargador Almiro Padilha, reforçou o compromisso do Judiciário com a transparência e a inclusão. “Promover esse debate é uma forma de tornar o Judiciário mais participativo e próximo das reais necessidades da sociedade”, afirmou.

As propostas discutidas serão consolidadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que definirá as metas nacionais para 2026. Confira abaixo o resumo das metas sugeridas:

Metas Nacionais do Judiciário para 2026

  • Meta 1 – Julgar mais processos que os distribuídos
    Julgar mais processos de conhecimento do que os recebidos entre 20/12/2024 e 19/12/2025 (excluindo suspensos e sobrestados).
  • Meta 2 – Julgar processos mais antigos
    • 80% dos processos distribuídos até 31/12/2021 (1º grau)
    • 90% dos processos até 31/12/2022 (2º grau)
    • 95% dos processos até 31/12/2022 (Juizados Especiais)
    • 100% dos processos com 15 anos ou mais

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  • Meta 3 – Estimular a conciliação
    Aumentar em 1 ponto percentual o índice de conciliação em relação a 2024, com mínimo de 17% para validação.
  • Meta 4 – Crimes contra a Administração e Improbidade Administrativa
    • Julgar 65% das ações penais até 31/12/2021
    • Julgar 100% das ações de improbidade até 26/10/2021

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  • Meta 5 – Reduzir a taxa de congestionamento
    Redução de 0,5 ponto percentual na taxa líquida de congestionamento no 1º grau e nos Juizados. Cláusula de barreira: 56%.
  • Meta 6 – Julgar ações ambientais
    Julgar 50% das ações ambientais distribuídas até 31/12/2024.
  • Meta 7 – Direitos de indígenas e quilombolas
    Julgar 50% dos processos sobre os direitos dessas comunidades, distribuídos até 31/12/2024.
  • Meta 8 – Feminicídio e violência doméstica
    • Julgar 75% dos casos de feminicídio
    • Julgar 90% dos casos de violência doméstica distribuídos até 31/12/2023
  • Meta 9 – Inovação no Judiciário (Agenda 2030 da ONU)
    Desenvolver dois projetos inovadores em parceria com outros órgãos públicos, voltados para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
  • Meta 10 – Infância e Juventude
    • Julgar 90% dos processos de 1º grau
    • Julgar 100% dos de 2º grau
      Todos distribuídos até 31/12/2023, nas áreas cível e de apuração de ato infracional.

As sugestões apresentadas na audiência pública serão reunidas e encaminhadas ao CNJ, que coordena nacionalmente o processo de definição e monitoramento das metas do Judiciário.

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