Política

Indígena da etnia macuxi é nomeado como secretário estadual do Índio

Terêncio Lima assume cargo de Marcelo Pereira, destituído do cargo de interino da pasta para se concentrar exclusivamente como presidente do Iater

O governador Antonio Denarium (Progressistas) nomeou o indígena macuxi Terêncio Tadeu de Lima Sobrinho, de 49 anos, como secretário estadual do Índio. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).

Com isso, Marcelo Pereira foi destituído da função de interino da pasta para se concentrar exclusivamente como presidente do Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural). Anteriormente, Pereira acumulava as duas funções, mas sem receber por uma delas. Nas redes sociais, o ex-secretário definiu Lima como “um profissional incrível e dedicado”.

Em entrevista à Folha, Tadeu Lima prometeu dar continuidade à gestão de Marcelo Pereira. “Vamos dar continuidade aos projetos que o Governo executa para as áreas indígenas, mais na parte de divulgação cultural e de desenvolvimento social das mulheres indígenas”, ressaltou ele, afirmando ainda que a pasta atuará especialmente em conjunto com setores do governo dedicados ao eixo agro, como o Iater e a Seadi (Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Antes de assumir o cargo do primeiro escalão, Lima trabalhava como consultor técnico da Secretaria do Índio (SEI). O novo secretário nasceu em Boa Vista e tem mais de 26 anos na carreira pública, a qual iniciou como chefe de gabinete da Prefeitura de Pacaraima. Na Prefeitura de Boa Vista, ele ocupou os cargos de superintendente de Assuntos Indígenas e de coordenador de área.

A nomeação dele ocorre após a pasta ficar quatro meses sem um secretário titular. O governo estadual enfrentava dificuldades para achar um nome de consenso entre a própria gestão e a maioria das lideranças indígenas do Estado. O Poder Executivo estadual tem como política permanente consultar previamente as principais lideranças para nomear um titular para essa pasta.

A secretaria

A SEI tem como funções integrar as comunidades indígenas ao processo produtivo, além de garantir seus espaços vitais para a sobrevivência e a integridade de suas terras, associadas a preservação de seus direitos primários, hábitos, tradições e costumes.

*Por Lucas Luckezie