O assunto da construção do Linhão de Tucuruí caiu no esquecimento das agendas do Palácio do Planalto, da Eletronorte e dos parlamentares federais de Roraima.
O último a dar uma palavra sobre o assunto foi o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), general Franklimberg Ribeiro Freitas.
A Folha questionou o presidente do órgão, que já foi comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva em Roraima, sobre a interligação de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) de distribuição de energia. As obras estão paralisadas, pois para chegar em território roraimense o linhão necessita passar pela TI Waimiri-Atroari.
O presidente da Funai respondeu que está em curso na instituição um processo de licenciamento ambiental para que o linhão de Tucuruí possa passar na TI Waimiri-Atroari. No entanto, há necessidade de uma autorização por parte dos indígenas para que a equipe do empreendimento possa adentrar no território. Ele disse estar aguardando uma resposta das lideranças indígenas – e elas chegam a 45 – sobre a melhor ocasião para retomar as discussões.
O ex-presidente da Funai, Antônio Costa, havia marcado uma reunião com o objetivo de conversar com as lideranças Waimiri-Atroari sobre essa consulta. Com sua exoneração e com o falecimento do coordenador do Programa Waimiri-Atroari, Porfírio Carvalho, o processo foi interrompido.
“Naturalmente, estamos respeitando a solicitação dos indígenas de que aguardemos um momento oportuno para que seja marcada uma nova conversa. Havendo a liberação por parte dos indígenas, o processo de obtenção do componente indígena do licenciamento ambiental será retomado”, esclareceu a Funai.