O artista plástico e líder indígena Bartolomeu da Silva, o Bartô, de 52 anos, anunciou a pré-candidatura pelo PSOL ao Senado Federal por Roraima, nas eleições de 2022.
“Eu saí pré-candidato a senador porque não permitiria dois ou três candidatos que são contra os indígenas serem as únicas opções de Roraima, estaria deixando ser jogado no colo dos meus parentes péssimas opções de voto”, declarou.
A atual direção do PSOL em Roraima recebeu a pré-candidatura na semana passada. O suplente de Bartô também é um artista plástico que atua no movimento indígena: Irmânio Sarmento, de 53 anos, que sinaliza que a pré-candidatura deve ter mais militantes indígenas e artistas de Roraima. “A ideia é fazermos um movimento coletivo, a união da arte e da luta indígena para o Senado de Roraima”, pontuou.
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Bartô afirmou que pretende ser candidato porque “o Brasil e Roraima pode ser melhor, dando oportunidades para os pequenos produtores, aos indígenas, ribeirinhos e pescadores. Apenas os grandes, empresários e ricos já têm oportunidades nesse Estado. É preciso ouvir e ter foco nas cooperativas, associações, agricultura familiar para fazer Roraima ser maior”.
As propostas iniciais de Bartô incluem a criação de um centro cultural indígena para celebrações e eventos culturais dos povos indígenas de Roraima e o fortalecimento do turismo. “Por que não temos estradas pavimentadas em Roraima? A estrada para Normandia nunca aconteceu? Por quê? Seria bom para todos. O que poderia mais crescer em Roraima seria o turismo, temos montanhas, cachoeiras, sítios arqueológicos etc, é preciso um projeto macro para fomentar essa atividade”, disse.
Bartô também se posiciona contra a mineração em territórios indígenas em Roraima, seguindo a linha de pensamento de seu partido e da Rede Sustentabilidade, o qual deve realizar federação em todo país.
A direção do PSOL Roraima sinalizou que em 2022 suas candidaturas devem reforçar a participação dos movimentos sociais de Roraima na política, incluindo LGBT, sindical, feminista e, sobretudo, o indígena.
