Polícia

Preso suposto membro de facção que pretendia matar policiais de RR

Ordem teria sido dada pelos chefes da organização criminosa após morte de Arlison da Conceição Pinto, de 19 anos, em abril deste ano durante confronto com a PM

Um possível plano para execução de policiais e membros das forças de segurança pública de Roraima, foi frustrado com a prisão de um suposto integrante de facção criminosa neste sábado (16) em Boa Vista. O homem teria sido designado pelos chefes da organização para cumprir os assassinatos, informou a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO).

As investigações apontam que a ordem foi dada como vingança após a morte de Arlison da Conceição Pinto, de 19 anos, durante confronto com a guarnição do Choque da Polícia Militar em abril deste ano, em ação conjunta com a FICCO e Divisão de inteligência e Captura (DICAP). O jovem, que era bastante conhecido pela prática de crimes, chegou a ser considerado suspeito de participar do latrocínio do comerciante José Silvino de Sousa, de 80 anos, morto no mesmo mês.

Ainda conforme a FICCO, o indivíduo preso tem passagens por crimes como roubo com arma de fogo e tráfico de drogas. Além disso, possuía também um mandado de prisão em aberto pelo assassinato da Erika Samay Rodrigues da Silva, de 18 anos, morta em um tribunal do crime em outubro de 2019. Na época, sete pessoas foram presas por participação no assassinato, inclusive ele e a companheira foram presos em novembro passado após serem apontados como os ordenantes na execução.

Durante a prisão, ele confessou aos policiais que faz parte de organização criminosa e que sua função é manter a disciplina dos demais membros. No interrogatório, teria dito que a facção ficou enfraquecida nos presídios do estado após a intervenção federal, de acordo com a FICCO.

O homem foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da justiça e poderá ser condenado a mais de 12 anos em regime fechado por integrar organização criminosa.

A FICCO é coordenada pela Polícia Federal e integrada pelas polícias Civil e Militar e pelas secretarias da Justiça e Cidadania (Sejuc) e da Segurança Pública de Roraima (Sesp).