W. S. S., de 22 anos, foi o nono preso suspeito de envolvimento na morte do adolescente autista Josué Oliveira da Silva, de 16 anos, que ocorreu na madrugada do dia 16 de julho deste ano. O caso ganhou grande repercussão por causa da condição da vítima. Conforme as investigações policiais, W. S. S. seria o autor da degola do menor, e é quem aparece no vídeo cortando o pescoço do adolescente com uma faca.
Conforme as informações da Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), após monitorar familiares do suspeito ele acabou sendo localizado numa residência que fica no bairro Alvorada. Até a tarde da terça-feira, 6, oito jovens apontados pela Polícia Civil como envolvidos no crime já estavam presos preventivamente.
W. S. S., segundo a Polícia, foi quem propôs que o adolescente fosse levado ao tribunal e, após o julgamento, planejou como ocorreria a execução. No vídeo, enquanto passa a faca no pescoço da vítima, o elemento dizia: “aqui é PCC [Primeiro Comando da Capital]”.
Em conversa com a Folha, o suspeito disse que participou do crime, mas não da degola do menor. Afirmou que também alertou os comparsas de que o menor era “doido”, mas não deram ouvidos. “Recebemos a ordem e fizemos a execução, mas estou arrependido e já chorei muito, e nem durmo por causa do fato de ter matado um inocente”.
A Delegada Eliane Gonçalves relatou que, além de cinco indivíduos que tinham sido presos nas primeiras 24h após o crime, outros cinco mandados de prisão foram representados por ela e deferidos pela Justiça. Destes mandados, apenas um falta ser cumprido, de um adolescente cuja identidade não pode ser revelada por ser menor infrator.
A Polícia detalhou que 10 elementos tiveram participação na morte de Josué e que, após o crime, a cúpula da facção criminosa entendeu que foi um erro ter matado a vítima, que era autista e não tinha envolvimento com facção criminosa. As investigações continuam para que o 10° envolvido na morte seja preso. A ação para prender W. S. S. contou com o apoio do Departamento de Informação e Inteligência da Polícia Militar de Roraima (DII/PMRR) e Força Tática. (J.B)