Polícia

Operação destruiu 40 balsas e 4 aeronaves, e achou 27 ton de cassiterita

Cerca de 700 integrantes participam das atividades de combate aos crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami

Em apenas uma semana, a Operação Libertação resultou na inutilização de diversos materiais da garimpagem ilegal na Terra Indígena Yanomami, entre eles, 40 balsas, uma embarcação, quatro aeronaves, 11,2 toneladas de cassiterita, um garimpo do minério e uma base de suporte logístico, além de barracas, veículo e um trator esteira.

A ação integrada por Polícia Federal (PF), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis), Exército Brasileiro, Força Nacional e Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) também apreendeu 16 toneladas de cassiterita, quatro embarcações, sete mil litros de combustível, 500 quilos de alimentos e equipamentos como maquinário para extrair minérios, geradores de energia, motosserra e motores, armas, equipamentos de comunicação e celulares.

O levantamento divulgado pela PF compreende o período de 9 a 15 de fevereiro. Cerca de 700 integrantes das instituições envolvidas participam das atividades. A estrutura logística abrange quatro bases de apoio operacional (Surucucu, Moxihatetea, Walopali, Palimiú), 16 aeronaves e diversas embarcações e veículos automotores.

Outras ações de proteção aos yanomami

Desde o início do enfrentamento efetivo da crise sanitária yanomami, mais de 105 toneladas de mantimentos e medicamentos foram transportadas e 5,2 mil cestas básicas entregues. Só no hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira (FAB), para atenção exclusiva aos indígenas Yanomami, foram realizados mais de 1,3 mil atendimentos.

As equipes também atuam no fechamento de rotas e acessos fluviais utilizados pelo garimpo, mapeamento das áreas e na segurança das bases operacionais no território indígena e de prédios públicos de Boa Vista que, eventualmente, poderiam ser alvos de manifestações.

Para a saída coordenada e espontânea de pessoas não indígenas das áreas de garimpo ilegal, foi prorrogada, até a 1 hora (de Brasília) do dia 6 de maio, a abertura parcial do espaço aéreo da região norte do país.

Paralelamente à ação de presença ostensiva governamental na região, foram deflagradas as operações Avis Aurea e Sisaque, para desarticular organizações criminosas dedicadas ao financiamento do garimpo, ao contrabando de ouro extraído da região amazônica e à lavagem de capitais oriundos das atividades ilegais.