Polícia

Núcleo de facção criminosa é desarticulado

Uma investigação da Polícia Civil teve como resultado a prisão de 17 pessoas e desarticulação de quatro núcleos do crime organizado nos municípios de Boa Vista, Mucajaí, Alto Alegre e Normandia. As ações ocorreram por meio da Operação Intolerância, deflagrada na manhã da última sexta-feira, dia 4.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã de ontem, dia 7, os delegados que coordenaram a operação detalharam o trabalho. Dentre os presos, um é considerado o líder regional da organização criminosa. Os quatro núcleos que foram desbaratados estão relacionados e fazem parte de uma mesma facção. O objetivo é desmobilizar a atuação dos bandos no tráfico de drogas nos municípios onde as equipes atuaram.

Segundo a delegada-Geral em exercício, Elisa Reis Mendonça, é de extrema importância destacar a integração entre as forças de segurança. “Foi uma investigação que já durava um ano, com trabalho de inteligência, pois tratam-se de crimes que requeriam muita paciência para se identificar os envolvidos. A equipe da Polícia Civil de Alto Alegre, com o apoio da Promotoria e do Comando da Polícia Militar daquele Município, atuaram de forma integrada. Para a execução da Operação, contamos com o apoio de várias unidades da Polícia Civil, inclusive do Canil da PM. No domingo foi executada mais uma prisão”, destacou a delegada-Geral.

O capitão Bruno Almeida destacou o apoio da equipe do Canil de Rorainópolis durante os trabalhos realizados em Alto Alegre e disse que a PM se põe à disposição no combate ao crime organizado. 

INVESTIGAÇÃO – O delegado Wesley Oliveira, titular da Delegacia de Alto Alegre, foi quem presidiu as investigações e reforçou que várias prisões ocorreram neste intervalo de um ano, um total de 32 mandados judiciais cumpridos, sendo 17 de prisão e 14 de busca e apreensão. 

Dos mandados de prisão, seis mandados foram cumpridos na PAMC (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo). Foram apreendidas duas espingardas, sendo uma no calibre 22 e outra de calibre 28, três papelotes de maconha, dois papelotes de cocaína e 11 aparelhos de telefones celulares. Todo material será submetido à perícia pela equipe do Instituto de Criminalística.

De acordo com informações prestadas pelo delegado Wesley Oliveira, os integrantes das organizações criminosas davam ordens de dentro do presídio. Ao ser questionado sobre as formas que os líderes utilizavam para manter contato com os membros que estão do lado de fora, explicou que ainda não poderia revelar como se dava o contato, para não atrapalhar as investigações. As ordens eram para cometimento de homicídios e tráfico de drogas. O sistema de arrecadação permitia que parte dos recursos do tráfico retornassem aos líderes da organização criminosa. Parte dos bandidos foram identificados.

Participaram da coletiva a delegada-Geral em exercício, Elisa Reis Mendonça; o diretor do DPJI (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), Eduardo Wayner; o delegado que coordenou as investigações, Wesley Costa de Oliveira; o comandante da 4ª Companhia do Interior, da Polícia Militar, Bruno Almeida; os diretores do DPJC (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Adriano Santos e Maurício Nentwig; e do Dopes (Departamento de Operações Especiais), Alexsander Lopes. (J.B)