Polícia

Médico é preso acusado de abusar sexualmente de adolescente

Suspeito foi encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, junto com os lubrificantes que teriam sido utilizados no ato sexual

A Polícia Militar prendeu um médico de 29 anos acusado de abusar sexualmente de um adolescente de 16 anos. O caso aconteceu na noite de quarta-feira (21), no bairro Centenário, na zona Oeste de Boa Vista.

O suspeito confirmou ter feito sexo com o garoto, mas disse que pensou se tratar de um maior de idade. Ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, junto com os lubrificantes que teriam sido utilizados no ato sexual.

Segundo o governo estadual, o profissional trabalhou na Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) na pandemia da Covid-19, mas não possui mais vínculo empregatício com a pasta.

A Polícia Civil ponderou que casos envolvendo supostos crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes exigem sigilo absoluto para preservar a vítima. Além disso, disse que o NPCA (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente) não se manifestará sobre nenhuma investigação em andamento.

Procurado, o CRM-RR (Conselho Regional de Medicina de Roraima) disse ter tomado conhecimento, na manhã desta quinta-feira (22), pelas redes sociais, do suposto crime cometido por médico fora de ambiente de trabalho ou exercício da profissão, e declarou que os fatos serão rigorosamente apurados e tomadas as providências cabíveis.

A Folha ainda não conseguiu localizar o profissional.

O caso

A PM disse ter sido chamada por volta de 19h30 de quarta-feira (21) para verificar a ocorrência no Centenário.

A corporação, primeiramente, encontrou a vítima de 16 anos e a mãe, na casa do adolescente, no bairro Cambará. 

O adolescente relatou à PM que voltava a pé da escola em que estuda, no bairro Jóquei Clube, quando o suspeito teria lhe abordado, oferecendo carona. Como a vítima apresentava “um calo no pé”, aceitou a carona para casa.

No depoimento, o adolescente ainda disse que, após entrar no veículo, começou a ser acariciado nas partes íntimas pelo acusado. O menino relata que foi levado até a residência do médico, no bairro Centenário, e ouviu “que não demoraria e que tudo iria ser rápido”.

A vítima disse que foi obrigada a praticar sexo não consensual com o médico, sem preservativo e com uso de lubrificantes. Após o ato sexual, o adolescente foi liberado pelo suspeito.

A mãe da vítima relatou à PM que “encontrou o filho andando próximo a região do bairro Centenário, chorando e bastante nervoso”. A mulher levou o garoto para casa e, lá, ele contou o que havia ocorrido.

Após o relato, a guarnição foi à casa do suspeito, onde teria ocorrido o abuso sexual, e o encontrou. Lá, o suspeito confirmou que houve sexo, mas disse acreditar que o adolescente era maior de idade. Neste momento, o profissional recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de Flagrantes.