Policia Militar

Mais de 200 galos e ringue para rinha são encontrados em fazenda de Telmário Mota

Animais estavam com ferimentos nas coxas, peito e asas, o que indicaria a prática de rinha de galo; operação foi realizada nessa quarta-feira (17)

Policiais buscam senador Telmário Mota na fazenda do político (Foto: PCRR)
Policiais buscam senador Telmário Mota na fazenda do político (Foto: PCRR)

Policiais militares encontraram 204 galos e  um ringue, que possivelmente caracterizava uma rinha de galo na fazenda “Caçada Real”, do ex-senador Telmário Mota, que fica no km 527 da BR-174, em Boa Vista. A operação foi realizada nessa quarta-feira (17). O ex-parlamentar está preso desde outubro do ano passado por suspeita de mandar matar Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, mãe da filha de Telmário.

De acordo com a Polícia Militar de Roraima (PMRR), os policiais foram a fazenda para averiguar a denúncia de que os galos estavam sendo vítimas de maus-tratos e tiveram a entrada autorizada pelo caseiro, que os levou até os galinheiros, onde estavam os animais.

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Ainda segundo a PMRR, os galos tinham ferimentos, nas coxas, nos peitos e nas asas, o que indicaria a prática de rinha de galo. O local estava sem ventilação. Em um dos galinheiros, os policiais encontraram o ringue, além de buchas de treinamento para os galos, e protetores de bicos. No local, ainda foram encontrados remédos e seringas, que eram aplicados nos animais “sem conhecimento técnico”, conforme a PMRR.

Um médico veterinário da PM esteve na propriedade e constatou os maus-tratos as aves. Os animais foram mantidos na propriedade sob a tutela do caseiro. Os policiais lavraram um auto de infração ambiental pela prática de maus-tratos e apreenderam os materiais, que foram entregues para a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh).

Telmário Mota já respondeu a acusações de ter participado de uma rinha de galo em 2005, época em que ainda não era parlamentar, mas foi absolvido pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O senador é acusado de mandar matar a mãe da filha que o acusou de estupro às vésperas das eleições de 2022. Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, foi morta três dias antes de depor nessa mesma investigação. O político nega envolvimento com os dois crimes.