Polícia

Júri condena três homens por envolvimento na morte de jovem em 2019

Jovem foi mantida em cárcere privado, torturada e decapitada por um bando de nove integrantes de uma facção

O Tribunal do Júri condenou mais três homens envolvidos no assassinato da jovem Érika Samay Rodrigues da Silva, de 18 anos. O julgamento foi realizado na quarta-feira (14), mas o resultado só foi divulgado nesta quinta (15), pelo MPRR (Ministério Público de Roraima), que pediu a condenação.

O técnico em refrigeração Leandro Santos da Luz recebeu pena de 32 anos de reclusão, Joab Nunes Pereira foi condenado a 28 anos e o jardineiro Mesack de Freitas Barbosa a 11 anos de prisão. Todos devem cumprir a pena em regime fechado.

O crime ocorreu em outubro de 2019. Érika foi mantida em cárcere privado, torturada e decapitada por um bando de nove integrantes de uma facção. A motivação do homicídio seria a disputa entre duas organizações criminosas. O corpo da jovem foi encontrado somente 16 dias após a morte.

Luz e Pereira foram condenados por homicídio cometido por meio cruel, motivo torpe, utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, sequestro, tortura, ocultação de cadáver, integrar organização criminosa e também por corrupção de menores, uma vez que havia uma adolescente envolvida.

Por sua vez, Barbosa foi condenado pelos crimes de sequestro, ocultação de cadáver, organização criminosa e tortura.

A acusação foi sustentada pela promotora de Justiça, Lara Von Held Fagundes. “É gratificante ver o reconhecimento da sociedade num caso tão complexo, envolvendo diversos autores e crimes. A condenação é importante também no contexto de combate às organizações criminosas que vêm abalando a paz pública com o cometimento de delitos de extrema gravidade como esse. Saímos com a sensação de dever cumprido”, destacou Lara.

Na última segunda-feira (12), Alan da Silva Souza, que era namorado de Érika Samay, foi condenado a 34 anos de prisão pelo crime. Outros dois réus serão julgados pela morte da jovem na próxima segunda-feira (19).