Indígena venezuelano morre em frente à rodoviária

Um indígena venezuelano, identificado como Gayito Rattia, de 48 anos, morreu na madrugada do domingo, dia 2, na calçada de um prédio que fica em frente à rodoviária de Boa Vista. Por volta das 3h25, a Polícia Militar foi acionada e quando chegou à Avenida das Guianas, o homem já estava sendo atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Nas imediações do Terminal Rodoviário, há uma grande aglomeração de imigrantes, inclusive, a vítima estava rodeada de familiares, mas a comunicação não foi possível porque os policiais não tinham o entendimento da língua indígena. Muito abalados, os familiares choravam e diziam que Gayito tinha chegado à Boa Vista no sábado, dia 1º.

Eles são refugiados venezuelanos e a vítima estava doente, acometida por uma malária. Segundo o médico do Samu, a vítima já estava morta quando o socorro chegou e teve uma parada cardiorrespiratória. O óbito foi confirmado às 3h35. Não há sinais de violência no corpo da vítima, por isso, está descartada a hipótese de homicídio.

O rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML) fez a remoção do corpo porque, mesmo se tratando de morte natural, a família não tem condições financeiras de arcar com os custos do sepultamento, de modo que o cadáver ficará numa das câmaras de conservação até que se tenha recursos financeiros ou apoio do serviço funerário do Estado para realizar o enterro. (J.B)