Homem com dados pessoais de RR é acusado de dar golpe de R$ 1.800 no AM

Um morador de Manaus denunciou que teria perdido R$ 1.800 na compra de 45 sacas de cimento, depois de fazer um PIX para um suposto golpista que viveria em Roraima. O caso foi registrado no 20º Distrito Integrado de Polícia da capital amazonense.

O denunciante, que pediu anonimato, disse que os materiais seriam para a construção da própria casa e que pediu para o pedreiro procurar o cimento mais em conta, em alguma loja. O homem encontrou, no Facebook, um anúncio de cada saca por R$ 45, sendo que o preço comum em Manaus fica em torno de R$ 50. Uma mulher passou a ele o contato do suposto vendedor.

Segundo a denúncia, o vendedor entrou em contato com uma loja de material de construção para solicitar a demanda e os entregadores deixaram a mercadoria no endereço. “O suposto vendedor, por sua vez, perguntou se estava tudo correto e o pedreiro disse que sim. Então, pediu pra eu realizar o PIX, e eu fiz. O entregador da loja foi averiguar se já tinha caído o dinheiro com a dona da loja, mas não tinha. Só aí então fomos comparar se era o mesmo PIX e descobrimos que não, que tínhamos sofrido um golpe”, lamentou.

A denúncia chegou à Folha após a vítima descobrir que o endereço do suposto infrator era situado no bairro Araceli Souto Maior, na zona Oeste de Boa Vista. No entanto, a reportagem ligou para o acusado, que negou morar na capital de Roraima

No entanto, ele admitiu que um homem pediu seu PIX pessoal para receber os R$ 1.800 e que, em troca, lhe pagaria R$ 150. “Aí transferi o resto pra ele. Só isso. Cara, não tenho nada a ver com isso. Eu nem moro aí em Boa Vista”, relatou.

A Folha também procurou um outro contato suspeito de envolvimento com o caso. “Sendo bem sincero, eu não sei quem é o real mentor disso. Já cheguei achar que as próprias empresas estavam envolvidas de certa forma […]. Agora uma coisa eu digo: eles não são besta de colocar uma pessoa que tem os dados em Manaus”, respondeu.

No início do mês, a reportagem alertou sobre a prática, que tem se tornado comum pelo Brasil. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, três pessoas perderam mais de R$ 1 mil com a compra de 50 a 100 sacas por preços que variavam de R$ 23 a R$ 50.

O modus operandi é sempre o mesmo: as vítimas alegam ter visto o anúncio na rede social, fazem o pedido e realizam o pagamento. O entregador deixa a mercadoria e cobra a quantia, que acaba sendo antecipada ao golpista.