Grupo que organizava invasão na Cadeia Pública é preso

A manhã do feriado do dia do trabalhador, 1° de maio, foi de muito trabalho para agentes da Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), policiais militares da Força Tática (FT) e Choque do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). As equipes efetuaram três prisões que ocorreram nos bairros Airton Rocha (Conjunto Pérola), Sílvio Leite e no Hospital Geral de Roraima (HGR). A ação teve início às 6h. 

As equipes fizeram um levantamento de que suspeitos de pertencerem a uma facção que atua no Estado estariam praticando crimes diversos, inclusive assaltos, e o serviço de inteligência identificou alguns locais que estavam sendo usados pelo grupo. 

Os suspeitos estariam articulando uma possível invasão na Cadeia Pública Feminina de Boa Vista (CPFBV), mas a ação estava sendo monitorada pela Dicap por meio de escutas telefônicas e de outros artifícios usados pela polícia. 

O primeiro a ser localizado foi o foragido Jhonis de Barros Rodrigues, conhecido como “Senna”, de 28 anos, que havia fugido da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) no dia 13 de agosto do ano passado, onde cumpria pena por roubo, crime previsto no art. 157 do Código Penal Brasileiro (CPB). Ele é suspeito de vários assaltos, dentre eles um que aconteceu no dia 24 de dezembro do ano passado, ocasião em que além do dinheiro de uma loja, levaram a arma de um policial civil que estava no local. 

O segundo a ser preso foi Edson da Silva Ferreira, conhecido como “Hernandes”, de 43 anos. Em liberdade condicional desde o dia 28 de janeiro deste ano, a Dicap descobriu que ele tinha cargo de liderança dentro da facção e estaria responsável por ordenar crimes para os faccionados. Com ele foi encontrado um revólver calibre 38 alimentado com três munições. 

Um caso atípico foi do detento da Pamc Josué Bernardo Ribeiro Azevedo, vulgo “Bandido do Mal”. Ele é acusado de tráfico e porte ilegal de arma de fogo. Aproveitando-se do fato de estar internado no HGR, ele usou um aparelho celular para dar ordem da liderança do crime organizado, considerando que ele trouxe a informação de dentro do presídio para fora, servindo como uma espécie de pombo. 

“A intenção era buscar algumas internas, mas foram interceptados. Assim que o preso internado no Hospital tentou enviar a ordem pelo telefone celular que foi apreendido pelos agentes, ele recebeu voz de prisão. Ele estava internado para fazer exames”, destacou o secretário de Justiça e Cidadania André Fernandes Ferreira.

Quanto à possibilidade dos indivíduos estarem envolvidos na morte do taxista, nada foi confirmado pela Polícia que disse ainda estar investigando o caso.

Os acusados foram apresentados na Central de flagrantes para as providências legais antes de serem reconduzidos novamente ao Sistema Prisional.

DENÚNCIA – Quem tiver informações que levem a Polícia ao paradeiro de foragidos deve denunciar ligando para os telefones 190, 197, 0800 2780130 ou 991399529 (WhatsApp). A identidade do denunciante será mantida em absoluto sigilo. (J.B)