As ações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) já resultaram em um prejuízo estimado em R$ 396 milhões às atividades criminosas . Segundo o Governo Federal, os dados fazem parte de um balanço divulgado nesta terça-feira (9). Este balanço detalha as medidas tomadas entre março de 2024 e junho de 2025.
De acordo com o governo, mais de 5,8 mil ações humanitárias e de fiscalização foram realizadas no território. Estas ações incluem operações para desativar pistas clandestinas, destruir acampamentos e estruturas de apoio ao garimpo, além da apreensão de aeronaves e equipamentos usados pelos criminosos.
As forças de segurança também informaram que mais de 80 pistas de pouso ilegais foram inutilizadas. Além disso, 33 aeronaves foram impedidas de voar e mais de 340 acampamentos foram desativados. Ao todo, 34 toneladas de cassiterita foram apreendidas.
Ainda segundo o balanço, a operação integrada mobiliza atualmente mais de 30 órgãos e entidades federais. Entre eles estão as Forças Armadas, Polícia Federal, Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Saúde.
Crise Yanomami
Além das ações repressivas, o governo destaca a ampliação da assistência à população Yanomami. Isto inclui o reforço no atendimento médico, distribuição de alimentos e combate à desnutrição infantil.
A crise humanitária na Terra Yanomami ganhou destaque após a revelação de que comunidades indígenas enfrentavam surtos de malária, desnutrição severa e falta de acesso a serviços básicos devido à presença do garimpo ilegal. O território, localizado nos estados de Roraima e Amazonas, é a maior terra indígena do Brasil. Este território abriga cerca de 30 mil indígenas.
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O governo afirmou que as ações continuarão de forma permanente e integrada. Elas terão foco tanto na repressão aos crimes ambientais quanto na recuperação da saúde e segurança dos povos indígenas.