Funcionário denuncia invasão e ameaça no aterro municipal

Um funcionário do aterro sanitário municipal, localizado na Zona Rural de Boa Vista, procurou a Central de Flagrantes para denunciar que o local está sendo constantemente invadido e os suspeitos seriam catadores de lixo que estariam insatisfeitos com o fato de não poderem mais realizar a coleta seletiva na área, suspensa após uma recomendação do Ministério Público do Trabalho em Roraima (MPT 11ª Região).

O órgão ministerial notificou a Prefeitura de Boa Vista com o objetivo de assegurar condições adequadas de trabalho aos catadores de materiais recicláveis.

Em depoimento, o funcionário contou à polícia que os suspeitos estão quebrando as grades de proteção da área do aterro para entrarem e realizarem o trabalho de maneira clandestina. E por se tratar de uma região extensa, os funcionários acabam não tendo condições de ver e percorrer todo o aterro.

Ele contou ainda que os funcionários estão recebendo constantes ameaças, uma vez que entre os trabalhadores que vivem da coleta seletiva, existem usuários de drogas e integrantes de facções.

INCÊNDIOS – Outro fator que assusta quem trabalha no aterro sanitário do município são os constantes incêndios, que segundo o funcionário denunciante são causados pelos mesmos suspeitos que estariam invadindo a área.

“Coloca em risco a vida dos funcionários e também pode destruir as máquinas e equipamentos”, relatou ao completar que, no dia 24 de janeiro, sete pessoas foram retiradas do local e revoltadas atearam fogo em entulhos dentro do aterro.

“Quando ocorrem incêndios, impossibilita nosso trabalho na área, tendo em vista a grande quantidade de gás gerado na decomposição de matéria orgânica que pode vir a causar explosões”, denunciou. Ele reafirmou que vem sofrendo constantes ameaças. O caso já está sendo investigado.

OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), mas, como frequentemente ocorre em relação às solicitações da Folha para que a gestão municipal esclareça a população acerca de denúncias e outras questões envolvendo o município, não houve resposta. Em respeito aos leitores, o espaço segue aberto para eventuais manifestações da PMBV.