O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, prorrogou, até 8 de março de 2023, a permanência da Força Nacional de Segurança Pública em Boa Vista e Pacaraima, em virtude da migração venezuelana. O Estado é a porta de entrada dos estrangeiros que fogem da crise no País governado pelo ditador Nicolás Maduro e o Brasil é o quinto país mais procurado pelos vizinhos.
Conforme a portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (12), a Força Nacional visa apoiar as forças de segurança pública locais nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da proteção das pessoas e do patrimônio, “em caráter episódico e planejado”.
O contingente a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela Diretoria da Força Nacional, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A equipe está no Estado desde agosto de 2018, quando um grupo de 60 agentes chegou ao estado para reforçar e fiscalizar a segurança em Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela. A última portaria que autorizou o emprego da Força Nacional no Estado venceu na última quinta-feira (8).
Migração venezuelana
Desde janeiro de 2017, houve 808.162 entradas de venezuelanos, diante de 410.940 saídas. Só em outubro passado, foram 14.153 entradas e 5.051 saídas. As informações são da OIM (Organização Internacional para as Migrações).
A organização também contabilizou, em outubro, 8.407 venezuelanos recebendo assistência diária nos abrigos da Operação Acolhida. Fora desses locais, existiam 4.062 migrantes e refugiados, sendo 1.869 em Boa Vista e 2.193 em Pacaraima. Ademais, 2.069 estrangeiros foram interiorizados para vários municípios brasileiros.
