Família faz apelo por justiça após adolescente ser atropelado

A família do jovem Thiago Bruno Oliveira dos Santos, 16 anos, que está em estado gravíssimo na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Geral de Roraima (HGR) após ter sofrido um acidente de trânsito na avenida Ene Garcêz no último dia 13, questiona os motivos da condutora ter sido liberada, mesmo estando sem habilitação.

Além disso, a família diz que não foi realizada perícia no local. O adolescente foi atropelado por um veículo FordKa ao tentar atravessar a avenida Ene Garcez.

Segundo informações da Polícia Militar, a condutora não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH), contra ela foi autuado um Auto de Infração conforme previsto no Artigo 157. O carro estava devidamente licenciado e foi entregue a um familiar da condutora, que é servidora pública.

A família questiona a conduta da Polícia de ter liberado a condutora, mesmo sem habilitação e também da equipe não ter realizado a perícia após o acidente.

“Eu não entendo o motivo de eles não terem feito a perícia no local do acidente. A via era de 20km, para causar um acidente assim ela devia estar em alta velocidade e ela não tinha habilitação”, indagou a mãe do adolescente, Alexsandra Oliveira.

Muito abalada, Alexsandra diz que espera pela recuperação do filho e por justiça. “Ela está solta vivendo a vida dela enquanto eu estou com meu único filho internado em estado grave no hospital. Sei que não foi a intenção dela atropelar meu filho, mas ela assumiu o risco ao dirigir sem estar habilitada”, completou.

OUTRO LADO – A Polícia Civil de Roraima informa que a Polícia Militar apresentou um ROP (Relatório de Ocorrência Policial) à Central de Flagrantes relatando um atropelamento envolvendo um veículo modelo FORD KA, no dia 13 de agosto, por volta das 18h, que teve como vítima um adolescente de 16 anos.

Conforme o relato do ROP, a vítima já havia sido removida ao Hospital por uma unidade do SAMU, e o local havia sido violado, pois o veículo havia sido removido por populares que estavam no momento devido ao horário e fluxo de veículos. Desta forma, não teve como ser realizada a perícia no local.

Ainda segundo o ROP, a motorista do veículo T. P. C. M., de 29 anos, encontrava-se no local do acidente aguardando a chegada da Polícia.

A motorista informou que trafegava pela avenida Capitão Ene Garcez, com destino à Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, quando repentinamente a vítima, passou à sua frente, em cima de um skate, na parada de ônibus, inclusive, um ônibus estava parado no local. Ela relatou que não conseguiu desviar em tempo hábil, para evitar o atropelamento.

Foram colhidos depoimentos de testemunhas e constatado que a condutora do veículo não possuía CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e foi lavrado um Auto de Infração contra ela pela PM no local do acidente.

Foi consultada a situação do veículo junto ao Detran-RR (Departamento Estadual de Trânsito) e verificado que estava devidamente licenciado.

A condutora foi submetida ao teste do Etilômetro, cujo resultado foi negativo para embriaguez.  Mesmo assim, ela foi conduzida a Central de Flagrantes, onde foi lavrado um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), por lesão corporal culposa e ela foi liberada para responder ao procedimento em liberdade.