A família de Elias Nunes Melo, assassinado a tiros dentro de seu veículo, modelo Fiat/Siena, cor vermelha, no dia 10 de fevereiro de 2021, no bairro João de Barro, procurou a Folha para relatar que ainda aguarda esclarecimentos do crime por parte da polícia. De acordo com a filha da vítima, até o momento, nenhum familiar foi informado sobre o andamento do processo e sequer sabem se tramita na justiça algo referente ao caso.
“Eu queria a ajuda de vocês. Meu pai foi assassinado faz mais de dois anos e, até hoje, nós da família não tivemos nenhuma resposta da polícia. Já fui atrás para obter informações, mas eles não falam nada. No começo até que eles me respondiam, mas agora eles nem falam mais nada. Já dei entrevista para um jornal, cobrando alguma posição, mas também nunca tive resposta”, ressaltou a filha da vítima.
Além disso, a mulher contou que acredita que o principal suspeito do crime, Endson Silva de Oliveira, vulgo Bebezão, que morreu no dia 15 de fevereiro de 2021, em troca de tiro com policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, não tenha agido sozinho. Ela revelou que se manteve calada todo esse tempo, temendo retaliações do bando de criminosos. “Na época nós sentimos medo de falar sobre o caso e dizer que tinham mais envolvidos. Mas o que não queremos é deixar o crime cair no esquecimento, na impunidade”, cobrou.
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O CASO – Era fim da tarde do dia 10 de fevereiro de 2021 quando Elias foi executado dentro de seu veículo, numa das ruas do bairro João de Barro, zona Oeste de Boa Vista. No interior do veículo, junto com o corpo da vítima, foram encontradas oito cápsulas deflagradas. Pelas características, os assassinos já haviam determinado que o homem deveria morrer, mas a motivação do crime não foi esclarecida para os familiares. Quem acionou a polícia foi um motociclista que passava pelo local.
Cinco dias após a morte de Elias Melo, o principal suspeito do crime, vulgo Bebezão, que estava foragido do sistema prisional desde 2019, apontado como autor de diversos homicídios em Roraima, morreu no bairro Senador Hélio Campos, numa troca de tiros com policiais militares do Bope. Na ocasião, ele ainda foi socorrido com vida e levado ao Hospital Geral de Roraima (HGR), mas não resistiu aos ferimentos.
Procurada pela FolhaBV, a Polícia Civil de Roraima informou que a autoria do homicídio da vítima Elias Nunes Melo, assassinado no dia 10 de fevereiro de 2021, foi esclarecida pela equipe da Delegacia Geral de Homicídios.
De acordo com a polícia, duas pessoas foram apontadas como autoras do crime. Trata-se dos irmãos E. S. O. e E. S. O., integrantes de uma organização criminosa e que se encontram mortos.
