Polícia

Estudante e sua mãe vão à Delegacia denunciar professor 

Uma mãe denunciou que sua filha foi assediada em sala de aula nessa quarta-feira, 29

Uma estudante da Escola Estadual Militarizada Dr. Luiz Rittler Brito de Lucena, localizada no bairro Nova Cidade, foi ao 5o DP, na tarde dessa quarta-feira, dia 29, juntamente com sua mãe, denunciar seu professor que teria lhe assediado dentro da Unidade de Ensino, na manhã da terça-feira, dia 28, ocasião em que ele teria puxado ela pelo braço e dito que lhe amava.

A mãe da adolescente autorizou que ela contasse para a reportagem o que aconteceu naquele dia. “Foi na sala de aula, com todos os 32 alunos dentro. Ele chegou perto de mim, começou a pegar na minha mão, depois começou a me abraçar, deu um beijo no meu rosto e disse: ‘eu te amo’. Eu fiquei constrangida e com medo do que poderia acontecer depois disso. Algumas amigas minhas testemunharam e foram comigo até a diretoria, mas lá disseram que não era para eu contar para minha mãe até o caso ser revolvido. Eles me liberaram para ir para casa. Eu fui embora sozinha”, contou a vítima.

Após a filha, a mãe também falou de seu sentimento ao saber do caso. “Como mãe, eu fico muito nervosa, estou muito chateada. Se eu pegasse esse professor na hora que eu fui atrás dele, não sei o que seria, porque fiquei muito chateada com a Direção da Escola porque isso aconteceu e só me contaram hoje, pediram para ela não me falar. Minha filha foi a pé para casa, não tomaram nenhuma decisão. Ela que veio me falar. Eu vou procurar meus direitos. Eu quero justiça nisso. Esse professor tem que pagar. Ele que vá procurar uma velha, não uma criança de 13 anos. Para mim, ela é uma criança”, desabafou.

O OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com a Administração Estadual para saber que medidas serão tomadas pela Secretaria Estadual de Educação (Seed) em relação ao caso. Em nota, eles informaram que a denúncia precisa ser formalizada junto aos setores competentes da Secretaria, a exemplo da Ouvidoria e do Departamento de Educação Básica. “A Seed vai apurar o caso e adotar todas as medidas legais cabíveis. A secretaria não compactua e nem aceita tais atos de assédio dentro das escolas e reforça que os mesmos devem ser denunciados para que as providências sejam adotadas” (J.B)