Polícia

Dono de sucata é preso por receptação de produtos furtados

O comerciante J. R. C. S., de 64 anos, foi preso em flagrante por receptação qualificada, após uma investigação realizada por agentes do SIOP (Setor de Investigação e Operação) do 1º DP (Distrito Policial), na manhã desta sexta-feira (14).

Na empresa de sucata de propriedade do comerciante, no bairro Tancredo Neves, os policiais apreenderam vários materiais, entre baterias, cabos e fios de uma empresa de telefonia.

De acordo com o delegado titular do 1º DP, Clayton Ellwanger, na quarta-feira (12), o representante de uma empresa de telefonia procurou a delegacia para informar sobre furtos de cabos, baterias e outros materiais específicos de telefonia, que poderiam estar armazenados de forma ilegal em algumas empresas que comercializam sucatas em Boa Vista.

O delegado Clayton Ellwanger determinou investigação e desencadeou uma atividade de fiscalização nas principais empresas de sucatas da cidade. Das três empresas visitadas, somente em uma os policiais localizaram produtos furtados da empresa de telefonia.

No local foram encontradas várias baterias de dotação exclusiva da empresa e bastante material de origem duvidosa, como cabos elétricos de várias espessuras, inclusive, muitos deles ainda em sua embalagem original de fabricação. Segundo o delegado, muitos cabos estavam armazenados no interior de um container fechado.

O proprietário da empresa não soube explicar a origem e procedência do material, limitando-se a dizer que uma pessoa havia comparecido na loja e lhe vendido o material.

Foram apreendidos 150 quilos de cabo de rádio frequência, 38 baterias de cinco modelos diferentes e um rolo de fio de telefone contendo 100 metros.

Segundo o delegado, as baterias possuem logomarca ostensiva e bem clara da empresa, são de uso exclusivo de telecomunicação e não são vendidas ao público em geral. Os objetos foram reconhecidos pelos representantes da empresa de telefonia.

“Nestes casos, é importante esclarecer que a empresa tem duplo prejuízo. Além do prejuízo patrimonial, com o furto dos objetos, tem ainda a interrupção dos serviços de internet, porque eles quando vão praticar o crime, terminam destruindo a fibra óptica” disse o delegado.

O delegado acrescentou ainda que as investigações terão desdobramento e orienta os comerciantes a evitar a compra de produtos furtados ou roubados. Outras empresas são alvo de investigações e novas operações serão deflagradas nos próximos dias. O delegado ressaltou ainda, que as pessoas que tiveram seus bens furtados e que podem ter sido vendi à empresas de sucatas, para que procurem o 1º DP para fazer reconhecimento.

Todo material suspeito foi apreendido e conduzido para o 1ºDP, onde foi lavrada a prisão em flagrante do comerciante por receptação qualificada. O crime não cabe fiança no âmbito policial e ele será apresentado na Audiência de Custódia. A empresa dele não tem alvará de funcionamento. 

A ação foi coordenada pelo 1º DP, com a participação de policiais do 2º Distrito Policial e com o apoio da Coordenação de Segurança Patrimonial da empresa de telefonia.