Dois mandados de prisão por estupro são cumpridos no interior de Roraima

Ações fazem parte da Operação Paz, deflagrada em 12 Estados Ministério da Justiça e Segurança Pública

Mandados foram cumpridos em Pacaraima e Uiramutã (Foto: Divulgação/PCRR)
Mandados foram cumpridos em Pacaraima e Uiramutã (Foto: Divulgação/PCRR)

Duas ações distintas realizadas por agentes da PCRR (Polícia Civil de Roraima), lotados na Delegacia de Pacaraima, deflagrada em Pacaraima e em Uiramutã, Norte do Estado, resultaram na prisão de dois homens que estavam com mandados de prisão abertos por crimes de estupro de vulneráveis. As duas ações fazem parte da Operação Paz, deflagrada em 12 Estados brasileiros pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública).

O delegado titular do município de Pacaraima, Francisco Araújo, instaurou um IP (Inquérito Policial) por portaria, no dia 22 de agosto, para investigar a denúncia de que o indígena A. J., de 49 anos, estuprou a própria neta de 11 anos de idade, na comunidade Orinduque, município de Uiramutã.

O homem era quem criava a criança, juntamente com a esposa, que estava em Boa Vista, onde fez uma cirurgia. Ele aproveitou a ausência da mulher para estuprar a neta. Pelo ato violento, a menina sangrou por uma semana, até que contou para uma tia, que a levou a uma unidade de saúde no município, onde o Conselho Tutelar foi acionado e o caso levado à Polícia Civil.

O delegado ouviu as partes envolvidas e, por causa do caso da criança, descobriu-se que o acusado também estuprou uma filha dele, dos 09 até seus 14 anos de idade.

O delegado representou pela prisão preventiva do acusado, que foi deferida pela Justiça. “Montamos uma operação aqui em Pacaraima e nos deslocamos até a comunidade Orinduque, onde o prendemos”, disse o delegado.

A equipe de Pacaraima cumpriu também o mandado de prisão contra o técnico agrícola V. S. R., de 48 anos, acusado de estuprar a enteada de 12 anos de idade, registrada por ele como filha. O caso aconteceu na Vila Nova, em Pacaraima, no ano de 2008 e a menina engravidou dele, ocasião que o caso foi descoberto. A menina e a família dela optaram pelo aborto. O homem foi processado e a Justiça o sentenciou pelo crime, à pena de nove anos de prisão. Ele recorreu da sentença, mas a Justiça negou provimento mantendo a sentença.

Foi decretada a prisão dele por sentença condenatória, para que cumpra sua pena em regime fechado.
A equipe de Pacaraima diligenciou e o localizou e prendeu na Comunidade Indígena Samã II, no mesmo município. Os dois homens foram apresentados em Audiência de Custódia.