Polícia

Suspeitos de matar estudante no Pintolândia são presos

Levados para o 4º DP, jovens confessaram que arrastaram a vítima da Praça Germano Augusto Sampaio até uma casa abandonada, a amarraram e desferiram várias facadas

A Polícia Civil identificou e prendeu preventivamente dois suspeitos de envolvimento no brutal assassinato do estudante Fernando Gralhada de Oliveira, de 19 anos. As prisões ocorreram no bairro Pintolândia e no Conjunto Cidadão na noite de segunda-feira, 21. O primeiro a ser preso foi identificado como Jonilson Pastana da Silva, 25. Um fato curioso é que, no momento da prisão, ele estava usando as sandálias da vítima, de acordo com a polícia.

Já a segunda ação policial ocorreu em uma residência do Conjunto Cidadão, onde foi preso Lucas Matos dos Santos, de 26 anos. Inicialmente, os policiais o procuraram na casa dele, que fica próximo do local onde o estudante foi morto, mas foram informados de que ele não estaria em casa.

Levados para o 4º Distrito Policial (4º DP), eles confessaram que arrastaram a vítima da Praça Germano Augusto Sampaio até uma casa abandonada, a amarraram e desferiram várias facadas. O crime ocorreu no domingo, 20, mas o corpo de Fernando Gralhada só foi encontrado na manhã do dia seguinte.

A MORTE – O corpo do estudante foi encontrado com sinais de execução na manhã de segunda-feira em uma casa desabitada localizada na Rua Francisco Sales Vieira, no bairro Pintolândia. A perícia esteve no local e confirmou que a vítima estava com as mãos amarradas e tinha sido assassinada a golpes de faca nos braços e abdômen. O cadáver estava jogado na sala do imóvel. Ao redor, havia muito sangue e as facas que podem ter sido utilizadas no crime.

A reportagem da Folha apurou ainda que o jovem pode ter sido torturado antes de ser executado. Fernando estava desaparecido desde o fim da tarde de domingo, 20, após, segundo testemunhas, ser levado por desconhecidos da Praça Germano Augusto Sampaio. A casa em que foi encontrado morto fica a três quadras do local de onde foi levado. Em conversa com a reportagem, o padrasto do jovem disse que ele saiu de casa por volta das 17h30 e que, segundo testemunhas, o desaparecimento dele ocorreu às 18h40. Ele afirmou ainda que o enteado era uma pessoa tranquila, não tinha inimigos e a família desconhecia qualquer envolvimento dele com o mundo do crime.

A residência em que ele foi encontrado, segundo os vizinhos da área, estava servindo de abrigo para integrantes de facções criminosas e usuários de drogas.