Polícia

Criminosos ordenam assassinato de policiais e ataques a prédios

Em áudio obtido pela Folha com exclusividade, criminosos determinam “tocar fogo em viaturas, órgãos públicos, delegacias”

Criminosos supostamente ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa que atua dentro e fora do sistema prisional, ordenaram uma nova sequência de ataques a agentes de segurança pública e instituições da Capital. Nos últimos dias, foram registrados pelo menos seis ataques tanto na capital quanto o interior.

A reportagem da Folha teve acesso com exclusividade a um áudio em que criminosos de fora do Estado dão ordem a membros da facção em Roraima para executarem as ações. No áudio é possível ouvir o chefe da organização dando ordens para os criminosos matarem policiais militares e atacarem órgãos públicos em retaliação às prisões de integrantes do crime organizado no Estado, no que eles chamam de “opressão aos irmãos”.

“É nós, tamo junto. Eu não gosto de conversa mole. A resposta vai ser a altura, o Trovão, o Aranha, o Magrão, Sintonia, Rafael, Ariel, vamos nos unir, mapear, ler os jornais, saber quem mora na nossa rua, quantos policiais, tem que ter mapeamento e procurar logo saber se é polícia e se for pode derrubar”, disse o chefe da facção.

Durante a conversa telefônica, que foi interceptada pela Polícia, o criminoso afirma que pertence ao PCC. “Não vamos ser intimidados, não vamos deixar nenhum ‘bota’ [policial] intimidar ‘nós’. Aqui é PCC, vamos tocar fogo em viaturas, órgãos públicos, delegacias, o que for”, ameaçou.

Outro integrante da facção conclui o áudio convocando os criminosos a agirem contra a “opressão” da Polícia. “Aqui é criminoso, vamos tocar fogo nos ônibus, nas viaturas, não vai sobrar nem PM aposentado. Não param de oprimir e prender vagabundo, porque o crime vai parar? Tem que matar os ‘bota’, não tem negócio de idade não, pode ter um milhão de anos”, ordenou

As forças de segurança do Estado foram instruídas a manterem vigilância constante e estarem sempre em diligência para impedir as ações criminosas que estão sendo planejadas pela facção. (J.B)

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