Saúde e Bem-estar

Confira os melhores hábitos para fortalecer a imunidade do bebê e da criança

Quando pensamos na saúde dos nossos filhos, vale tudo: não deixá-lo exposto a agentes infecciosos, preparar um prato colorido rico em nutrientes e até matriculá-lo em diferentes atividades físicas, são cuidados comuns de mães e pais. Confira algumas dicas:

Mantenha a cartela de vacinação em dia

Vacinar o bebê ou a criança ajuda na prevenção das doenças para as quais existem vacinas. A vacina é uma imunização passiva, ou seja, o organismo cria anticorpos contra a bactéria ou vírus que causam a doença sem ficar doente. Além disso, a vacinação aumenta a produção de células defensoras protegendo o nosso corpo inclusive contra outras doenças.

Amamente o seu filho

O leite materno possui um importante papel na imunidade dos bebês, pois contém células de defesa e fatores anti-infecciosos que têm a função de proteger o organismo dos pequenos. O leite ainda tem ação bactericida, protegendo os recém-nascidos de doenças infecciosas, alergias, obesidade e diabetes, além de conter nutrientes que trazem efeito positivo no aprendizado e no desenvolvimento da cavidade bucal.

Alimentação saudável

A partir dos seis meses de vida, é necessário começar a introduzir os outros grupos alimentares na dieta da criança. Os alimentos sólidos contêm componentes como fibras, vitaminas, oligoelementos e proteínas, mas no inicio da alimentação complementar eles precisam ser amassados e oferecidos em forma de papinha, pois os lactentes podem se engasgar.

Respeite a soneca da tarde

Além das oito horas de sono diárias, é importante que crianças de até cinco anos de idade tenham a chamada soneca da tarde ou soneca do dia. O sono da tarde melhora a produtividade da criança, diminui a irritação, ajuda no desenvolvimento cognitivo e melhora a coordenação motora.

Deixe a criança brincar ao ar livre

Crianças que brincam apenas em lugares fechados são mais propícias a ficarem doentes, pois esses ambientes concentram um número maior de vírus, bactérias e ácaros. Ao brincar ao ar livre, a criança entra em contato com outras pessoas e cria mais anticorpos, aumentando sua imunidade, além de o contato com a natureza e com outras crianças proporcionar mais diversão e uma qualidade de vida melhor.

Ensine a criança a manter hábitos de higiene

É importante que desde cedo a criança tenha consciência da importância da higiene diária, desde lavar as mãos antes de comer ou após sair do banheiro até tomar banho e escovar os dentes após as refeições. Manter os hábitos de higiene retira impurezas e diminui a quantidade de bactérias, vírus, vermes e outros micro-organismos que ficam alojados nas mãos e no corpo.

Estimule a prática de exercícios

Se não for exagerada, a atividade física só trará benefícios para a criança. A prática de exercícios estimula o desenvolvimento físico e da musculatura, da coordenação motora, previne a obesidade e incentiva o convívio social.

Estabeleça uma rotina

As crianças não gostam de nada que seja desconhecido ou mal planejado, e acabam ficando estressadas. Por isso, é interessante criar uma rotina com horário pré-estabelecidos para o banho, refeições, descanso e demais atividades do dia. Dessa forma, após cada atividade a criança saberá o que virá na sequência e terá conhecimento do seu dia a dia, fator que melhora o desenvolvimento cognitivo e previne a ansiedade.

Deixe a criança longe do fumo passivo

O fumante passivo inala as mesmas substancias tóxicas que o fumante ativo. São tóxicos que, entre outros problemas, podem causar alergias respiratórias (como asma, rinite e sinusite), dificultar a aprendizagem da criança e até prejudicar sua audição. Bebês que são constantemente expostos ao fumo passivo ainda podem ser vítimas da Síndrome da Morte Súbita Infantil, causada pelas substâncias tóxicas do cigarro.

Fonte: Site Minha Vida


Enquanto elas crescem, eu envelheço – Por Roberta D’Albuquerque

Roberta D’Albuquerque é psicanalista, escreve semanalmente neste espaço e em diversos jornais do Brasil sobre infância e comportamento

Cada vez que acordo mais cedo para passar o café e percebo que os pés delas já apontam fora da mantinha, as crianças crescem. E no momento em que preparo o lanche, que já não pode ser levado na lancheira porque “Quem ainda leva lancheira, mãe?” e me descubro ajuda inútil para a lição de matemática que, no fundo, não sei fazer. Crescem.

E já que doem as costas porque dormi mais do que as oito horas de sempre  e se durmo menos,apetite e humor dão sinais de cansaço, eu envelheço. E sempre que afasto a embalagem do leite para focar as letrinhas miúdas e me dou conta de que ainda não domino o exercício de dividir o tempo, cobertor curto. Envelheço.

E se constroem um argumento que surpreende tamanha a sofisticação, pronto. Crescem. Se escuto de relance uma conversa cuidadosa com os amigos ao telefone, se leio um texto elaborado da escola,se empresto uma roupa que fica melhor nelas. Elas crescem. E se as assisto dançarem, de longe e enxergo ali o poder e a beleza das infinitas possibilidades de uma vida em seu início. Não tem mais volta. Crescem.

E no dia em que a simplicidade passa a comover, envelheço. Quando o encontro com uma amiga cuidadosa faz o dia, quando a leitura ajuda a elaborar, quando a moda começa a perder importância. Nada pronto, tudo a desconstruir, envelheço. Quando me pego dando um baile diante das impossibilidades, quando vejo beleza nos começos, nos meios e até nos fins. Voltar para quê? Envelheço.

Enquanto envelheço, elas crescem.Avançamos todas.