Dois dos autores da Carta de Roraima, Fábio Almeida e Carlos Calheiros, foram entrevistados pelo programa Agenda da Semana, exibido nesse domingo, 26, pela Folha FM. Representantes de movimentos de esquerda, eles detalharam a lista de reivindicações alternativas às defendidas por grupos empresariais. A carta foi apresentada no dia 17 de março, por movimentos sociais.
De acordo com Almeida as discussões do fórum em Roraima serão parâmetro para que o Governo Federal defina linhas de atuação para Roraima, com base no Plano Plurianual (PPA), que define as ações prioritárias para os próximos quatro anos. Em 31 páginas, a carta apresenta propostas divididas em nove temas: Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Cultura; Desenvolvimento Regional; Educação; Igualdade Racial; Infraestrutura; Justiça e Segurança Pública; Meio Ambiente; e Saúde.
“O Governo Federal vai iniciar o debate do PPA, e a exemplo do que foi feito lá em 2003 quando o Lula assumiu, nós vamos ter um PPA que vai ter a participação efetiva da sociedade na elaboração deste instrumento e não construído em gabinetes”, avalia Almeida.
EM CARACARAÍ
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Investigações apontam ainda que o valor da propina correspondia a 10% do preço do contrato, e cada servidor público envolvido recebia uma quantia entre R$ 5 mil e R$ 10 mil
Calheiros afirmou que as demandas também serão entregues a representantes estaduais. “Nós vamos protocolar essa carta na Assembleia Legislativa de Roraima, no Governo do Estado e na Associação dos Municípios para que sejam discutidas as vidas das pessoas”, complementa.
No documento, transporte, energia e internet foram apontados como um dos gargalos que impedem o desenvolvimento do Estado. A partir daí, Almeida acrescentou que as demandas serão detalhadas. “Temos as linhas gerais, que foram apresentadas, e agora estão constituindo comissões, a nível de detalhamento de cada área dessas demandas”, finaliza.
