Esporte

Náutico faz 2 a 1 no Baré e é bicampeão

Com o título, o alvirrubro de Caracaraí será o representante roraimense na Série D do Brasileirão 2015 e nas Copas Verde e do Brasil 2016

Caracaraí está em festa. Em um estádio Ribeirão lotado, o Náutico, representante do município, bateu o Baré, por 2 a 1, e conquistou, de forma antecipada, o segundo título roraimense de sua história – 2013 e 2015 -, com direito a gols do zagueiro Eduardo, que marcou seu único tento em toda a competição, e do atacante Alex, que terminou como vice-artilheiro, com sete gols. Com o bicampeonato, a equipe alvirrubra representará o futebol local na Série D do Campeonato Brasileiro deste ano e nas Copas Verde e do Brasil de 2016.
O título veio de forma antecipada porque o Náutico venceu os dois turnos do Estadual, e automaticamente foi declarado campeão, com uma campanha de sete vitórias, um empate e uma derrota. Se o Baré vencesse, haveria a necessidade de uma final entre os vencedores dos turnos, nesta terça. Mas a festa foi alvirrubra.
O técnico Antonino Moreira, que ganha o primeiro título como treinador, fez sua dedicação. “Quero dedicar esse título à minha família, que está longe, e à família dos atletas. A gente passou por coisas em Caracaraí que não dá para falar. Foi muito difícil esse ano, mas a gente provou com muito trabalho. Mesmo com esses garotos, que a maioria são (da categoria) Sub-18, com exceção de uns quatro – como Robgol e Alex -, conseguimos trabalhar sério e sermos campeões”, disse o treinador mineiro.
“Esse título veio com muito trabalho. Quem estava em Caracaraí trabalhando com o Náutico sabe que nós lutamos e trabalhamos e demos o nosso máximo para estar aqui comemorando. Só tenho a parabenizar a equipe do Náutico, que fez uma excelente partida e saiu com a vitória”, declarou o artilheiro Alex.
Em sua quarta temporada pelo elenco alvirrubro, o goleiro-capitão Stanley comemora este que é seu segundo título pelo time. “Muito bom ser campeão, é bom demais. Com essa equipe aqui, não tem explicação, não tem palavras”.
O JOGO – No início do jogo, deu para notar que seria um duelo eletrizante e que haveria uma luta acirrada pelo título do returno. Ambas as equipes partiram para o ataque, e ao mesmo tempo, reforçaram suas defesas. Em menos de dez minutos, o lateral do Baré, Lenon, se chocou forte com o meia Flávio Marabá, do Náutico, saiu com o nariz sangrando, mas voltou ao gramado com um curativo.
A bola parada foi a forma do Náutico assustar na etapa inicial. Na primeira grande chance de abrir o placar, aos 16 minutos, Flávio Marabá cobrou escanteio, e Alex cabeceou a bola na trave, e seu irmão Robgol quase pegou o rebote. Em seguida, com o novo escanteio para o alvirrubro, os irmãos assustaram o goleiro Kleyton.
A partir daí, o Náutico dominou um pouco a partida e o Baré fortaleceu a linha de trás, e não deu chances para o adversário avançar. O Colorado ainda contou com uma importante baixa no ataque: o atacante Rigoberto se machucou e foi substituído por Marcinho.
Nos instantes finais do primeiro tempo, o alvirrubro conseguiu uma brecha para assustar. Após cruzamento, a bola sobrou para Anderson, que chutou e desviou no meio da área e explodiu na trave.
No intervalo, o Baré fez sua segunda substituição: tirou Juan e colocou Patrick, que posteriormente faria o gol da esperança colorada.
A emoção tomou conta mesmo foi no segundo tempo, onde o Baré conseguiu atacar mais e chegar com perigo. Mas foi o Náutico que abriu o placar, e na bola aérea, uma jogada que aterrorizou bastante o adversário no primeiro tempo. Aos 13, Flávio Marabá cobrou escanteio, Eduardo subiu e cabeceou, o goleiro Kleyton tentou evitar, mas a bola entrou, para a festa alvirrubra.
E para ficar melhor para o time de Caracaraí, veio o segundo gol, aos 21, em um lance duvidoso. A Folha estava na mesma linha em que Alex se encontrava, pouco à frente dos jogadores do Baré. De lá, ele recebeu de Bruno Henrique, avançou e mandou uma bomba na gaveta.
Mas a tranquilidade alvirrubra pela larga vantagem no placar acabou quando o zagueiro Elton foi expulso, após levar o segundo amarelo, ao fazer falta violenta em Patrick. Com um a menos, o Náutico sofreu o gol apenas dois minutos depois. O mesmo Patrick pegou de fora da área, mandou na rede e devolveu a esperança para o Baré.
O Colorado já acreditava no empate, que levaria a decisão para os pênaltis. O jogo pegou fogo. O Náutico se recuou totalmente, e só arriscava em contra-ataques, enquanto o Baré pressionava a todo o momento, principalmente nos minutos finais, quando Nilsão, depois de escanteio cobrado, meteu a cabeça e a bola passou perto, e quando Marcinho foi derrubado perto da área, e o árbitro marcou uma falta perigosa a favor do Colorado. Logo, Patrick cobrou e a zaga afastou. E não teve jeito: Festa alvirrubra, ao grito de “é campeão, é campeão!”.
FICHA TÉCNICA
NÁUTICO 2 X 1 BARÉ
NÁUTICO – Stanley; André Marques, Elton, Eduardo, Wandão; Éder (Sávio), Alex Junior, Anderson (Bruno Henrique), Flávio Marabá; Robgol e Alex (Adriano). Técnico: Antonino Moreira.
BARÉ – Kleyton; Lenon, Evandro, Sapulha, Douglas; Nilsão, Duílio, Artêmio (Nailson), Juan (Patrick); Rigoberto (Marcinho) e Keven Smith. Técnico: Fábio Luiz.
GOLS – Eduardo, aos 13, Alex, aos 21, e Patrick, aos 26 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Elton, Wandão, Nilsão, Douglas.
CARTÃO VERMELHO – Elton.
ÁRBITRO – Yungo Paiva.
LOCAL – Estádio Ribeirão.