TRAGÉDIA NA F1

GP de Ímola 1994: O fim de semana que mudou a história da Fórmula 1

Reveja a história do GP de Ímola e como ele marcou o automobilismo após os trágicos eventos de 1994 na Fórmula 1.

GP de Ímola 1994: O fim de semana que mudou a história da Fórmula 1

Neste domingo, 18, acontece o Grande Prêmio da Emília-Romanha, em Ímola, dando início aos circuitos europeus da temporada 2025 da Fórmula 1. Apesar das mudanças ao longo dos anos e dos avanços na segurança, o GP de Ímola ainda é lembrado por um dos momentos mais trágicos da história do automobilismo. Em 1994, um fim de semana marcado por acidentes fatais tirou a vida de dois pilotos, incluindo o brasileiro Ayrton Senna. A FolhaBV relembra os acontecimentos daquele fim de semana sombrio que chocou o mundo e mudou para sempre os rumos da F1.

Sexta-feira (29 de abril) – O susto com Barrichello

Logo no primeiro dia de treinos livres, o brasileiro Rubens Barrichello sofreu um grave acidente na curva Variante Bassa. Após perder o controle do carro, Barrichello bateu violentamente contra a barreira de pneus, ficando desacordado. Ele foi levado ao hospital e, apesar da gravidade do impacto, sobreviveu, mas ficou fora do restante do fim de semana.

Sábado (30 de abril) – A morte de Ratzenberger

No sábado (30), durante a classificação, o austríaco Roland Ratzenberger, da equipe Simtek, sofreu uma falha na asa dianteira de seu carro enquanto tentava se classificar para a corrida. O veículo perdeu o controle a cerca de 300 km/h e bateu com força no muro da curva Villeneuve. Ratzenberger morreu instantaneamente aos 33 anos. A morte de Ratzenberger foi a primeira em pista durante um fim de semana de GP desde 1982.

Domingo (1º de maio) – A tragédia de Senna

O domingo começou com mais tensão. Logo na largada do GP de Ímola, o finlandês JJ Lehto e o português Pedro Lamy colidiram. Destroços atingiram a arquibancada e feriram nove espectadores. Ainda assim, a corrida continuou.

Na sétima volta, ocorreu o acidente que marcaria a história do automobilismo. Ayrton Senna, tricampeão mundial e um dos maiores ídolos da Fórmula 1, perdeu o controle de sua Williams-Renault na curva Tamburello e bateu em altíssima velocidade contra o muro de concreto. Uma peça da suspensão dianteira perfurou o capacete do piloto, causando ferimentos fatais. Senna foi levado de helicóptero ao hospital em Bolonha, mas não resistiu. Sua morte foi oficialmente declarada às 18h40, no horário local.


Senna carregava dentro do cockpit de sua Williams uma bandeira da Áustria. Ele pretendia homenagear Roland Ratzenberger ao fim da corrida, caso vencesse. Ambos tinham a mesma idade: Senna era apenas três meses e meio mais velho que o austríaco.

Mudanças na segurança


As tragédias do GP de Ímola em 1994 impulsionaram uma profunda transformação na Fórmula 1. Mudanças imediatas e de longo prazo foram implementadas para aumentar a segurança dos pilotos, como melhorias no design dos carros, adaptações nos circuitos e novas exigências em equipamentos de proteção.

A curva Tamburello, onde Senna sofreu o acidente, foi redesenhada para reduzir a velocidade. Além disso, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) criou o Instituto da FIA para Segurança em Esportes a Motor, intensificando pesquisas e medidas de prevenção.

Um legado que salvou vidas

O GP de San Marino de 1994 marcou a Fórmula 1 com cicatrizes profundas, mas também deixou um legado de proteção e responsabilidade. De 1994 a 2014, não houve mais mortes em corridas oficiais da Fórmula 1. A perda de Senna e Ratzenberger se transformou em impulso para salvar futuras gerações de pilotos. Mesmo décadas depois, Ímola segue como um local de reverência e memória.

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