
O presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol (FRF), Samir Xaud, 41, endossou o manifesto favorável à estabilidade, da renovação e da descentralização na CBF (leia o texto completo ao final da reportagem).
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, ele é o favorito a suceder o presidente afastado Ednaldo Rodrigues. Ele e outros 18 dirigentes de federações estaduais assinaram a carta.
- SUPLENTE DE DEPUTADO A PRESIDENTE ELEITO DA FRF: Saiba quem é Samir Xaud
À Folha, em primeira declaração pública sobre o assunto, o médico infectologista disse que o que tem a dizer, no momento, está no “importante documento”.
“Em resumo, é urgente uma renovação de práticas, de ideias e de lideranças no futebol brasileiro. Estamos a 13 meses da próxima Copa do Mundo masculina e a quase 2 anos da Copa do Mundo feminina, que será realizada no Brasil. Precisamos de estabilidade, de profissionalismo e transparência”, declarou.
Embora favorito, Samir Xaud ponderou, então, que o processo democrático na CBF “segue aberto para todos aqueles que queiram contribuir com o esporte que tanto amamos”.
Quem é Samir Xaud
Nascido em Boa Vista em 1984, Samir Xaud é médico, empresário e ex-jogador. Formou-se em Medicina e se especializou em Infectologia e Medicina do Esporte. Na política, é o primeiro suplente de deputado federal do MDB. Desde 2023, atua como gestor da FRF.
Leia o manifesto completo
“MANIFESTO PELA ESTABILIDADE, RENOVAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO. 15 DE MAIO DE 2025.
O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas.
Para que isso aconteça, é fundamental garantir estabilidade institucional à CBF. Precisamos virar a atual página de judicialização e instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade e o avanço do futebol brasileiro. É também momento de resgatar a autonomia interna da CBF, hoje sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada e desconectada das instâncias que compõem o ecossistema do futebol nacional.
Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência — e também precisa voltar a ser a casa de todos que constroem o futebol brasileiro, com um ambiente saudável, inspirador e descentralizado, em que cada um possa contribuir ativamente para a melhoria do esporte que constitui verdadeiro patrimônio nacional.
Unidos com esse propósito, assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos. Queremos uma CBF forte, querida por dentro, admirada por fora — e novamente amada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país.”