Esporte

Atletas treinam em área de churrasqueira e se destacam em competições

Os atletas tem se destacado em competições, como a pequena Dayanne Rafaelly de 9 anos, que ganhou em primeiro lugar, a Copa Osvaldo Alves, realizada no Amazonas 

O projeto social ‘Renner BJJ’ foi criado para oferecer aulas gratuitas de jiu- jitsu para as crianças do residencial Vila Jardim, na Zona Oeste de Boa Vista.

Localizado em uma das áreas de alto índice de violência, o grupo enfrenta dificuldades pela falta de apoio financeiro para a manutenção da área improvisada usada para os treinamentos.

Cida Rocha, de 37 anos é servidora pública e conhecida pelos alunos como “Tia Cidinha”, responsável pela iniciativa, ela conta que o projeto enfrenta dificuldades na infraestrutura e na comodidade dos alunos, pela falta de banheiros, bebedouros ou lonas para proteção da chuva.


Cida Rocha, de 37 anos é servidora pública e conhecida pelos alunos como “Tia Cidinha”(Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

“No meu ponto de vista, eles são muito vitoriosos e guerreiros, eles estão aqui todos os dias, e com muita força de vontade. O lugar que treinamos não tem estrutura nenhuma, é a churrasqueira, uma área de lazer do condomínio, quando chove, molha tudo e não tem treino”, disse.

Com mais de 70 alunos participantes, o grupo já acumula medalhas, troféus e premiações fora de Roraima. Após ser destaque roraimense, a pequena Dayanne Rafaelly de 9 anos, ganhou em primeiro lugar, a premiação da Copa Osvaldo Alves, realizada no Amazonas. 

“Passando por aqui vi todos lutando e iniciei as aulas bem nova, é muito legal e eu me divirto. Tenho o apoio da minha família e quando crescer quero ser professora de jiu-jitsu”, relatou a atleta.


Conhecidos nas competições por “Churrasqueiros” eles levaram diversas premiações no Estado e relatam não terem vergonha das condições do ambiente (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A viagem dos pequenos atletas para o Amazonas foi inteiramente custeada pelos participantes, com o apoio de famílias que hospedaram parte dos alunos e a união em “vaquinhas” para arrecadar o dinheiro dos custos. Conhecidos nas competições por “Churrasqueiros” eles levaram diversas premiações no Estado e relatam não terem vergonha das condições do ambiente.

“Temos muitas crianças que infelizmente não tem apoio de ninguém, nós e os pais que nos reunimos para comprar um kimono ou alguma coisa que falte. A principal dificuldade é conseguir patrocínio, mas vamos atrás e conseguimos na raça”, contou Cida.