Roraima precisa virar a velha página de 1988

São tantos problemas que o roraimense enfrenta desde que aqui era território federal, que os filhos desse sofrimento cresceram ouvindo os pais dizendo “é assim mesmo, Roraima é terra sem lei”

A menos de dois meses para as Eleições 2022, Roraima vive um momento crucial e decisivo que vai determinar e dizer como queremos Roraima para os próximos oito anos. Como estamos há mais de 30 anos isso eu nem preciso falar porque a gente já vive a incerteza da água, do Linhão de Tucuruí e internet todos os dias.

É possível que você até esteja sem internet neste exato momento e só vai ler meu artigo amanhã, ou tenha faltado energia na sua casa ou teve que enfrentar tantos buracos na rua que sua preocupação agora é com o reparo que vai precisar fazer na suspensão do seu carro.

São tantos problemas que o roraimense enfrenta desde que aqui era território federal, que os filhos desse sofrimento cresceram ouvindo os pais dizendo “é assim mesmo, Roraima é terra sem lei”. Cresceram e reproduziram a mesma fala para os filhos, que hoje carregam o sentimento de que só os “paraquedistas” se dão bem.

O tempo passou e, novamente, a gente vê um cenário parecido com aquele de 1988, os mesmos “paraquedistas” saltando para mais uma eleição. Alguns com a cara lavada, dizendo que abraçam a esperança, a mesma esperança que eles roubaram de nós há três décadas, quando acreditamos que aqui seria um Estado com energia própria e BRs pavimentadas para exportar nossa produção agrícola para todo o país e, também, para o exterior.

Nada disso aconteceu, mas eles prometem que, desta vez, vão cumprir e enchem suas redes sociais com palavras bonitas para enganar o povo. Em época de eleição, a gente vê de tudo mesmo, mas alguns são bem mais ousados na mentira, por isso é importante desmascarar essa gente que só sabe vender ilusões.

É desse mau exemplo da política que temos que nos livrar e dar um basta ou seremos fadados a presenciar mais e mais escândalos de corrupção e ser pauta vergonhosa no Jornal Nacional.

Aliás, pautas negativas para a grande imprensa nunca faltam em Roraima, infelizmente. Tem político envolvido em crimes de violência contra a mulher, que foi pego em rinha de galo cometendo crime ambiental e tortura de animais; que ganhou eleição em cima de uma pampa velha dizendo que ia deixar o povo do bigode pianinho e o que fez? Ficou oito anos pianinho para Roraima.

E não temos só as velhas raposas, tem juiz modelo Sérgio Moro querendo subir para o Congresso para servir de tapete, caso seu cliente da vida toda não volte ao poder. Errar na escolha de quem vai nos representar em Brasília pode levar Roraima a viver mais uma tragédia pelos próximos oito anos e a gente não pode correr esse risco.

Não queremos repetir para os nossos filhos ou netos que Roraima é terra de aventureiro, de baderneiro ou de juiz que fez do seu gabinete escritório de advocacia da Lava Jato. Roraima deve e pode mudar sua história, sair do atraso e da invisibilidade política entre os estados da federação.

Mas só tem um jeito para isso acontecer e é levando à consciência de cada eleitor a responsabilidade de escolher quem realmente está comprometido com a mudança que queremos e esperamos há muitos anos.

Roraima não merece mais ser notícia ruim para o resto do país, como se aqui para ser político tenha que ser desonesto e não ser respeitoso com as mulheres, inclusive com quem é juíza eleitoral.

Nosso Estado merece, sim, virar a velha página de 1988 e viver um novo tempo, de crescimento e avanço econômico sendo bom exemplo para o Brasil. E, se nós queremos a mudança, nós temos que ser essa mudança. Eu acredito que, juntos, podemos mais por Roraima.

Meu nome é Ozéas!

Pré-Candidato ao Senado pelo Podemos

Auditor Fiscal de Tributos