A Escola Estadual Ayrton Senna da Silva, que passou cinco anos funcionando na Escola Estadual Ana Libória, foi reinaugurada nessa quinta-feira (12), em um novo espaço no bairro dos Estados. Antes, funcionava no local a Escola Estadual Hildebrando Ferro Bitencourt.
A instituição foi inaugurada em 27 de julho de 1994 e funcionou em um prédio localizado no Centro de Boa Vista até 2019, quando foi interditado por problemas estruturais. O espaço foi cedido pelo Governo de Roraima ao Exército, que reformou a estutura onde, agora, opera a base da Operação Acolhida.
Questionado pela FolhaBV, o governador de Roraima, Antonio Denarium, afirmou que a decisão de transferir a escola para outro espaço, ao invés de revitalizar o prédio antigo, se deu devido ao baixo quantitativo de alunos na estrutura original.
“O prédio antigo não tinha mais um quantitativo de alunos suficiente, devido à idade avançada da população média do Centro, e estava com uma estrutura com diversos problemas, precisando de adequações. Então, fizemos uma sessão de uso para a Operação Acolhida, que revitalizou o prédio, onde agora funciona a parte administrativa da operação”, disse.
Atualmente, a instituição conta com 173 alunos. O secretário de Educação e Desporto (Seed) de Roraima, Mikael Cury, informou que serão abertas 200 vagas para a ingressão de novos estudantes no próximo ano.
“Os alunos irão estudar em uma escola revitalizada, com 12 salas, biblioteca, sala de informática, laboratório, quadra poliesportiva nova. Não poderíamos deixar de fora uma escola com tanta importância histórica para Roraima”, informou.
Conforme a gestora interina, Beatriz Tolentino, a história da escola, que completou 30 anos neste ano, se entrelaça com a de alunos e ex-alunos, que se profissionalizaram e voltaram à instituição como profissionais.
“Tivemos uma perda significativa de alunos após a transferência de prédio, mas permaneceram os que querem ficar na escola, que acreditam no potencial da instituição”, afirmou a gestora.
Apesar de não ter sido aluna da escola, sempre foi a vontade de Estefany Alves Magalhães, de 30 anos, estudar na instituição durante a adolescência. Após virar mãe, ela realizou o sonho de matricular a filha, agora com 13 anos, na escola Ayrton Senna.
“Minha vó não deixou eu me matricular na época porque era muito longe de onde eu morava. Depois que mudou de lugar, eu resolvi colocar minha filha na escola. Eu não consegui estudar no colégio Ayrton Senna, mas minha filha conseguiu”, contou.